ONU pede que Brasil garanta manifestações pacíficas

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

Porta-voz do escritório de direitos humanos diz que País deve evitar o “uso desproporcional da força” nos protestos contra o aumento das passagens

O porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, Rupert Colville, pediu nesta terça-feira 18 que o Brasil tome “todas as medidas necessárias” para garantir o direito de reunião pacífica e “evitar o uso desproporcional da força durante os protestos” que vem acontecendo no País contra o aumento das passagens do transporte público.

Em uma coletiva de imprensa em Genebra, Colville afimou que a ONU recebeu relatos de ferimentos, prisões e detenções, incluindo de jornalistas que cobriam os protestos. Ele pediu que as autoridades realizem investigações imediatas, “completas, independentes e imparciais sobre o alegado uso excessivo da força”.

O porta-voz destacou que organizações da sociedade civil denunciaram “a arbitrariedade” de algumas detenções. “Instamos todas as partes envolvidas ao diálogo aberto para encontrar soluções ao conflito e as alternativas para lidar com as demandas sociais legítimas, bem como para evitar mais violência.”

Colville afirmou ainda que as autoridades brasileiras precisam ser moderadas ao lidar com os protestos e destacou que as manifestações são as maiores no Brasil em mais de 20 anos. “Com mais protestos planejados para acontecer, estamos contudo preocupados com o uso excessivo da força policial relatada nos últimos dias, que não deve ser repetida.”

Na segunda-feira 18, mais de 230 mil pessoas foram às ruas em diversas cidades em protesto. Em São Paulo, cerca de 65 mil manifestantes participaram do ato. No Rio de Janeiro, foram 100 mil pessoas.

Houve conflitos entre a Polícia Militar e integrantes dos atos no Rio, Brasília e Belo Horizonte.

Há mais protestos programados para ocorrer durante a semana no Brasil e em outras cidades do mundo (confira a lista aqui). Em São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL), que organiza as manifestações na cidade, convocou um novo ato nesta terça-feira às 17h, na Praça da Sé, centro da cidade.

Fonte: Carta Capital