Terminou na manhã desta quinta-feira (17) o seminário “Organização Sindical – Avançar Rumo à Liberdade e Autonomia e OLT – Organização no Local de Trabalho que aprovou 29 propostas divididas em três eixos: formação, construção de uma cartilha e negociação com a inclusão da OLT. Os encaminhamentos serão aprofundados na 12ª Plenária Estatutária da CUT, que acontece de 5 a 8 de agosto, em São Paulo.
A secretária nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, participou da mesa de encerramento e demonstrou sua satisfação com a qualidade do debate. “Tratamos aqui de um tema importante para a construção de uma CUT forte, combativa e democrática. Nosso próximo encontro será na plenária onde aprofundaremos as propostas levantadas durante esse seminário”, enfatizou.
Segundo o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felicio, o momento conjuntural é propício para o debate. “Precisamos dar uma “chacoalhada” ideológica – nos últimos 5 anos, devido ao governo Lula, a imprensa pasteurizou a CUT. Portanto, esse é a hora de mostrarmos para a sociedade a nossa verdadeira cara que é muito diferente das demais centrais que ai estão”, esclareceu.
A convidada Francesca Redavid da CGIL (Confederação Geral dos Trabalhadores da Itália) parabenizou a qualidade das discussões e o intercâmbio de informações. “Nós da delegação italiana pudemos absorver ricas experiências. Apesar de vivermos uma realidade política diferente do Brasil o tema da autonomia é muito importante para a nossa organização. O movimento sindical tem um grande papel porque é o único movimento de massa com a ótica do trabalhador. Acreditamos que a centralidade nos locais de trabalho e a relação internacional possam contribuir na nossa difícil luta”, salientou.
Para o secretário geral da CUT, Quintino Severo, o encontro serviu para armar a militância e as lideranças rumo ao enfretamento no próximo período. “Este acúmulo de informações nos mostrou caminhos para traçar metas para a OLT. É importante lembrar que ele ocorre em um momento conjuntural que pode gerar avanços para a classe trabalhadora. O resgate das experiências de organização nos locais de trabalho, tanto da Itália como dos ramos apresentados aqui, nos deram forças na luta pela conquista da autonomia e liberdade sindical tão sonhada pela CUT desde sua fundação em 1983″, finalizou.
Fonte: CUT