Nota do Coletivo de Mulheres sobre as manifestações

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“Nada causa mais horror à ordem do que homens e mulheres que sonham”

Milhares de homens e mulheres foram às ruas por melhores condições de vida. A explosão popular se deu a partir do valor da tarifa do transporte público, que culminou em uma ampla pauta de reivindicações. Historicamente, o movimento de mulheres sempre esteve nas ruas e graças à essa mobilização conseguimos vitórias e direitos. Podemos lembrar o direito ao voto, por exemplo. Hoje, nós, mulheres, mesmo com avanços, ainda temos uma série de lutas cotidianas que vão desde a redução da jornada de trabalho até e descriminalização do aborto. Ainda lutamos contra a dupla, tripla e até quádrupla jornada de trabalho. Somos mulheres, mães, trabalhadoras, estudantes, artistas. Ainda ganhamos salários mais baixos que os homens. Ainda não ocupamos tantos cargos de chefia quanto gostaríamos. E continuamos nas ruas. Nós, engenheiras organizadas no Coletivo de Mulheres da Fisenge defendemos: a redução da jornada de trabalho; o fim do fator previdenciário; a aplicação integral da Lei Maria da Penha; destinação orçamentária para políticas específicas de gênero; reformas urbana e agrária. Somos contra o Estatuto do Nascituro, por representar um verdadeiro retrocesso na luta das mulheres pela autonomia do corpo; e o projeto de “cura gay”, que vai contra o respeito à livre orientação sexual. Sigamos nas ruas lutando por uma sociedade justa, igualitária e fraterna.

Fonte: Comunicação Fisenge