Faleceu, nesta quinta-feira (11/3), o companheiro Joaquín Piñero, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do Rio de Janeiro. Lutador das causas populares, Joaquín sempre reivindicou um projeto de país comprometido com segurança alimentar, solidariedade e justiça social. Nascido em Rondônia, ele iniciou sua militância no MST em São Paulo e dedicou mais de 20 anos de sua vida na luta pela terra, pela Reforma Agrária Popular e por uma sociedade mais justa para a classe trabalhadora. Era aliado na resistência pela democracia, pela soberania nacional e na luta dos engenheiros e das engenheiras ao lado do Senge-RJ e da Fisenge.
Estivemos ao seu lado em muitas arenas populares, nos corredores do nosso sindicato e nas ruas, debatendo e construindo um mundo baseado em solidariedade. Hoje, perdemos um companheiro, um amigo e um valoroso companheiro.
Joaquín desempenhou várias atividades dentro do MST, entre elas relacionadas as tarefas internacionalistas, principalmente na América Latina. Em certa ocasião teve uma prisão injusta, que roubou muitos meses de sua vida. Mesmo assim não desanimou, era exemplo de persistência e otimismo. Joaquín organizou um cursinho supletivo e passou a ser conhecido pelos presos como “Professor!”. Todos seus alunos na turma passaram.
Nos últimos anos de sua vida atuou no Rio de Janeiro, dedicado nas articulações em diversos setores da sociedade. Estudou Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por meio da turma especial do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Joaquin estava assentado no “Irmã Dorothy”, em Quatis, no interior do Rio.
Nos solidarizamos com sua companheira, filhas e familiares. Manteremos em nossa memória sua resistência como farol de luta. Joaquín Piñero, presente!
Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ)
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE)
Foto: reprodução Redes Sociais