Faleceu, hoje (05/09), o cineasta e documentarista Silvio Tendler que registrou fatos, histórias e, principalmente, utopias. Eduardo Galeano afirmava que “a utopia está lá no horizonte” e Silvio Tendler tocou instantes desse horizonte com seus filmes, proporcionando sonhos de outro mundo possível, um mundo de solidariedade, igualdade e fraternidade. Despedimo-nos de um brilhante artista, mas também de um amigo e companheiro. Com a compreensão de que a disputa do imaginário da classe trabalhadora precisa ser um dos nossos horizontes, a FISENGE (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros) e o SENGE-RJ (Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro) foram apoiadores e co-criadores de filmes como “Privatizações: a distopia do capital”; “Dedo na Ferida”; “A bolsa ou a vida”. Estivemos juntos em reuniões de criações e colagens de histórias. Silvio Tendler sempre foi generoso e um insistente da utopia. Enviamos toda a nossa solidariedade para sua filha, Ana Rosa Tendler, seus familiares, amigos e colegas. Fica um vazio na história do cinema brasileiro comprometido com os direitos humanos e a classe trabalhadora. Por mais Silvios Tendler no Brasil, na América Latina e no mundo. Hoje é um dia de despedida e tristeza e que um modo de celebrar a sua vida seja a exibição diária de seus filmes em todos os espaços, das escolas aos locais de trabalho; das praças públicas aos cinemas.
Viva Silvio Tendler. Viva!
Imagem: Divulgação/Caliban Produções Cinematográficas
