Enquanto o Brasil contraria parecer técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e autoriza a realização de leilões para a exploração de campos de petróleo em uma área próxima ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, Sul da Bahia, o maior partido do parlamento norueguês retirou o apoio à perfuração exploratória das ilhas Lofoten, no Ártico, em favor do meio ambiente. A informação foi publicada no jornal O Globo.
Atualmente, a Noruega bombeia mais de 1,6 milhão de barris de petróleo por dia em suas operações e está entre os 20 maiores produtores do mundo. Acredita-se que exista de 1 a 3 bilhões de barris de petróleo abaixo do fundo do mar no arquipélago de Lofoten. “Toda a indústria está surpresa e decepcionada”, disse o chefe da Associação Norueguesa de Petróleo e Gás, Karl Eirik Schjott-Pedersen, à Bloomberg.
Na contramão da sustentabilidade ambiental, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, autorizou o leião de Abrolhos (BA) após a Secretaria-Executiva do Ministério do Meio Ambiente (MMA) tomar conhecimento do teor dos documentos e solicitar que o assunto fosse revisto devido sua a “relevância estratégica”.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o parecer técnico pedindo a exclusão das áreas próximas a Abrolhos foi emitido no dia 18 de março. No dia 29 do mesmo mês, a secretária-executiva do MMA, Ana Maria Pellini, considerada braço direito do ministro Ricardo Salles e a segunda na hierarquia do MMA, enviou um ofício a Eduardo Fortunato Bim, solicitando a revisão do parecer, o que deveria ser feito até o dia 1 de abril.
Fonte: Brasil 247