Setor elétrico: trabalhadores deliberam proposta do TST

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Após audiência de conciliação realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, no dia 26/7, os trabalhadores das empresas subsidiárias da Eletrobras que não haviam aceitado a proposta anterior da holding se reuniram em assembleia para deliberar a proposta de conciliação apresentada pelo juiz Emmanoel Pereira.

Relembre:
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Confira as deliberações das subsidiárias em que a Fisenge tem base e que não haviam aceitado a proposta anterior da Eletrobras:

>> Furnas – Minas Gerais: APROVADA
Os engenheiros lotados no sistema Eletrobrás em Minas Gerais aprovaram a proposta do Juiz do Tribunal Superior do trabalho (TST), Emmanoel Pereira, sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2018, durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no dia 1° de agosto. A proposta prevê reajuste de 5% em maio de 2016 e de 4,28% em agosto de 2016, sem retroatividade do reajuste de agosto e com a manutenção das demais condições.

Para o diretor do Senge-MG, Fernando Ribeiro Queiroz, a proposta não é a ideal. “Sabemos que esta proposta não atende plenamente aos anseios dos trabalhadores, uma vez que o índice inflacionário não está sendo aplicado integralmente na data-base (01 de maio), incorrendo prejuízo aos trabalhadores, pois esta proposta escalonada traz o reajuste em duas parcelas, sendo a primeira paga em agosto com retroatividade a maio, e a segunda a ser paga também em agosto sem retroatividade. O mínimo que os trabalhadores esperam da empresa é que ela faça o dever de casa e traga para a reunião de conciliação esta proposta aprovada pelo DEST para encerrarmos este ACT.” Fonte: Senge-MG

>> Furnas – Rio de Janeiro: REJEITADA
Os trabalhadores do escritório central de Furnas rejeitaram a proposta do TST em assembleia realizada nesta segunda-feira (01). Os empregados criticam a perda de benefícios a cada ano. Segundo eles, se há alguns anos a discussão era o ganho real, no momento eles discutem apenas o reajuste relativo à inflação. Além disso, eles afirmam que há uma discrepância de salários, benefícios e tratamento entre os trabalhadores de Furnas e das outras empresas do setor elétrico.

O representante sindical do Senge-RJ na empresa, Felipe Ferreira de Araújo, cita como exemplo que Furnas é a única empresa que não teve um programa que compatibilize e equalize o nível salarial dos empregados da empresa, de acordo com as complexidades de cada cargo, como o chamado Plano de Aceleração de Carreira (PAC), feito na Eletrobrás. Por isso, os trabalhadores de Furnas recebem em média remunerações menores que outras empresas do sistema Eletrobrás. Segundo os trabalhadores de Furnas, a Eletrobrás teve duas edições do PAC; Eletronuclear o PACAR; Eletrosul, o PGC; e a Eletronorte, a Curva Tamburello. Outras questões em que Furnas foi prejudicada ao longo dos anos foram: transferência do Plano de Saúde para a FRG, atraso recorrente no SGD, falta de regularização do cartão farmácia (já aprovado), atualização das diária de viagens e ACT de Banco de Horas. Fonte: Senge-RJ

>> Cepel – Rio de Janeiro: APROVADA
Também no Rio, Cepel aprovou a proposta do TST. Os trabalhadores estão em estado de greve aguardando a audiência do dia 22 de agosto, que será realizada novamente no TST.

>> Eletronuclear – Rio de Janeiro: AGUARDANDO
Eletronuclear Rio não realizou assembleia por já ter aprovado a proposta apresentada pela empresa na última rodada de negociação. Eletronuclear em Angra dos Reis está aguardando a oficialização da proposta pelo DEST.

>> Chesf – Pernambuco: REJEITADA
Segundo Mailson Silva, diretor do Senge-PE, “a proposta foi rejeitada em partes, com a condicionante de que os dias de greve sejam todos abonados” [pela Chesf]. Os trabalhadores suspenderam a paralisação, atendendo à solicitação do TST.