Seagro-SC: Engenheiros Agrônomos em Campanha Salarial realizamencontros macrorregionais

De maneira inédita, o Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina – SEAGRO-SC -realizou nos meses de fevereiro e março as primeiras ações em prol do Acordo Coletivo de 2015 com foco nas empresas públicas Epagri e Cidasc. Foram realizados sete encontros com os engenheiros agrônomos das 22 Diretorias Regionais, para discutir as reivindicações que serão apresentadas ao Governo antes da data-base da categoria (1º de maio), análise das propostas de revisão dos planos de cargos e salários e também a atuação do Sindicato na mesa das negociações.

As reuniões foram conduzidas pelo presidente da entidade, Vlademir Gazoni e pelo diretor de comunicação, Jorge Dotti Cesa, pelo vice-presidente, Eduardo Piazera, e pela assessora jurídica do Sindicato, Sandra Marangoni, cuja presença foi fundamental para os esclarecimentos jurídicos e legais e ainda dirimir dúvidas e curiosidades como periculosidade com o uso e manipulação de fertilizantes e agrotóxicos, ações ajuizadas e outras ainda em andamento.

Para o presidente Gazoni “a meta dos dirigentes era reunir nestes encontros a grande maioria dos quase 700 engenheiros agrônomos das empresas, responsáveis pelos serviços públicos de pesquisa, assistência técnica, extensão rural, defesa e fiscalização agropecuária em Santa Catarina e superar as expectativas dos participantes. E conseguimos”.

A proposta era discutir nas diretorias regionais com os associados às prioridades da categoria e a condução das etapas da Campanha Salarial 2015. Nos encontros o foco foi discutir e aprovar as principais reivindicações da categoria para a Pauta da Campanha Salarial 2015/2016 a ser negociada agora já em abril com o Secretário Sopelsa.

Segundo Jorge, diretor de comunicação, “nossa atividade representa 30% do PIB do Estado, com forte participação da agricultura familiar e acreditamos que merecemos mais atenção, o governo estadual não nos dá a menor importância. Acredito que com a presença massiva dos agrônomos, novamente demonstramos que estamos unidos e em busca de um objetivo”, pondera.

Gazoni diz que já estamos vacinados, com a morosidade do sistema e a resistência do Governo em negociar – haja vista que o Acordo Coletivo de Trabalho de 2014 com a Cidasc ainda não foi assinado. “Estamos nos movimentando e agregando a categoria. Isto enquanto aguardamos o julgamento do dissídio coletivo no TRT ou até a mudança de postura política dos novos dirigentes da Agricultura”.

“Em 2014 as negociações e a garantia de implantação de um novo Plano de Carreira (PCS) esbarrou nos argumentos do Governo de que era um ano eleitoral. Na Epagri tivemos que arrancar via judicial uma proposta inicial de PCS. Queremos agora em 2015 discutir com o Governo do Estado as propostas apresentadas pelas empresas, buscar avanços a serem indicados pelos encontros com assembleias macrorregionais e garantir a implantação. Os colegas da Epagri e da Cidasc não suportam mais de 10 anos de arrocho salarial e sem carreira de valorização profissional”, afirma o diretor de comunicação Jorge Dotti Cesa. Em resumo, a principal reivindicação continua sendo a implantação de novos Planos de Cargos e Salários, com descompactação das carreiras, promessa não cumprida nos últimos três anos. Com esse desestímulo, o SEAGRO alerta que, mesmo com a contratação de novos profissionais, não estão sendo criadas as condições que garantam a excelência tecnológica necessária para manter os patamares alcançados pelo agronegócio catarinense, já que os melhores profissionais continuarão a sair das empresas.

Na tabela abaixo o número de participantes em cada localidade:

FONTE: SEAGRO – Listas de presenças dos encontros