Fisenge lança livro de memórias

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Anos 90, a década perdida. Foi nesse momento, exatamente em 1993, que a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) foi fundada. Com o objetivo de resgatar essa história, a Federação irá lançar, em agosto, o livro de memórias “Fisenge 20 anos: duas décadas de lutas e esperanças”. Desde o ano passado, a entidade vem promovendo uma série de atividades de comemoração, como a publicação de uma revista; um ato comemorativo no Rio de Janeiro com a presença de lideranças do parlamento e dos movimentos social e sindical; um selo comemorativo; e boletins especiais.
Ao todo, foram seis meses de trabalho conjunto com o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), responsável pela produção e edição do livro. Centenas de fotos e documentos foram revisitados e resgatados em um mergulho histórico da fundação da Fisenge e a conjuntura nacional dessas duas décadas. A jornalista e coordenadora do NPC, Claudia Santiago acredita que os sindicatos têm a tarefa também de contar as suas histórias. “É nas páginas da imprensa sindical que está a memória das lutas dos trabalhadores. A imprensa sindical é referência para os historiadores que estudam o tema. Se não a preservamos, nossa história escapa de nossas mãos”, pontua Claudia.
O presidente da Fisenge e recém-eleito presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), Carlos Roberto Bittencourt afirma que o registro de fatos passados não somente permite a documentação factual, como também valoriza questões políticas, socioculturais e econômicos de determinadas épocas. “Esse mergulho histórico mantém viva a nossa luta e alimenta as nossas esperanças para o futuro”, conclui Bittencourt. Antes da fundação da Federação, foi criada, em 1991, a Coordenação de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), cuja palavra de ordem era “respeito à autonomia e às condições específicas de cada entidade filiada”.
“A partir dos avanços ocorridos na ação e organização sindical da década de 1970, os trabalhadores brasileiros foram incentivados a se organizarem de modo mais forte e consistente na busca de melhores salários, oportunidades e condições de trabalho. Assim, o movimento sindical dos engenheiros também foi influenciado”, lembrou Luiz Carlos Soares, que foi o coordenador da Consenge e é ex-presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná. Maria José Salles foi a primeira mulher a compor a direção da Fisenge e conta uma pouco dessa trajetória. “A Federação nasceu para somar na luta dos trabalhadores, pensando em mudar o país e mudar as condições de trabalho”, relembrou Zezé.
A publicação conta com prefácio do embaixador e ex-secretário do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, que destaca: “Não há desenvolvimento, nem soberania sem a ação do Estado. A ação do Estado deve dar especial prioridade ao desenvolvimento industrial e, portanto, à engenharia nacional, sem a qual não pode haver desenvolvimento industrial”. O livro é dividido em cinco capítulos que remontam a história da política e do movimento sindical no País até a fundação da Fisenge e, deste período, as lutas da federação. Além destes capítulos, ainda há um especial 20 anos Fisenge e um anexo com a história de cada um dos sindicatos filiados. O lançamento será realizado na abertura do 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), no dia 27 de agosto, em Búzios, Rio de Janeiro.