Negociação da Eletrobras não avança

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O informativo oficial nº 25/2019 divulgado, ontem (29/05), pela Eletrobras oficializa o que as entidades de representação têm denunciado desde 2017: a intenção da atual gestão, de Wilson Pinto Junior, é esvaziar a Eletrobras e entregá-la aos especuladores do mercado. A direção apresenta os motivos pelos quais tem oprimido e assediado trabalhadores e trabalhadoras desde o início de sua gestão: reduzir, reduzir e reduzir, para atender ao mercado. Sem pudor, elenca os absurdos da segunda proposta para o ACT apresentada na 4ª rodada, já de conhecimento geral.

Alega que para solucionar o impasse e prosseguir com a negociação apresentou prorrogação do ACT vigente, mas sem abrir mão da exclusão da Cláusula de Demissão em Massa. A direção da Eletrobras busca justificar o injustificável. Tenta explicar, mas omite. Omite, por exemplo, o resultado financeiro positivo da Eletrobras em 2018, com um lucro recorde, repetido no primeiro trimestre de 2019. Omite as tentativas de aumentar seus próprios salários em 46%. Mas insiste em negar os 4,5%, valor da inflação no período, de reajuste aos trabalhadores e trabalhadoras.

Na verdade, não há boa vontade em negociar, mas sim uma gana em retirar direitos, destruir a representação e demitir. Quem acredita na negociação são os trabalhadores e trabalhadoras que, diante do descaso, acenaram com seu direito constitucional à greve, só então obtiveram um posicionamento da direção da Eletrobras. A prova de que trabalhadores e trabalhadoras querem uma negociação justa foi dada ontem durante assembleia, quando deliberaram pela suspensão do indicativo de greve por 72 horas prevista para iniciar em 03/06. Esperamos por uma proposta efetiva da Eletrobras na 5ª rodada de negociação para o ACT que acontecerá entre os dias 04 e 05/06. Até lá permaneceremos mobilizados, atentos e dispostos.

 

Fonte: Boletim CNE