Aconteceu, no dia 22, em Brasília, a 3ª rodada de negociação coletiva dos trabalhadores do sistema elétrico federal (Eletrobras). Segundo Gunter Angelkorte, diretor da Fisenge, a Eletrobras avançou pouco na negociação. “O Coletivo Nacional dos Eletricitários apresentou uma contraproposta à última feita pela Eletrobras, no dia 8 (leia aqui). Com relação ao reajuste salarial do Acordo Coletivo, nossa proposta é de que a empresa, além do adiantamento dos 5% retroativos a maio, também realize mais um adiantamento, de 4%, em agosto. Além disso, defendemos que a data-base seja 1º de setembro, e não 1º de outubro”, afirmou ele. Segundo Gunter, caso a Eletrobras aceite a nova proposta dos trabalhadores, haverá reposição de massa salarial, entre maio e agosto, de 12,5% de uma remuneração e em setembro deve ser adicionado ao salário de agosto o índice inflacionário de 4 meses (maio a agosto).
A diretoria da Eletrobras se comprometeu a entregar ao CNE, na próxima quarta-feira (29), resposta à proposta realizada ontem pelos trabalhadores. Caso não haja retorno da empresa, foi deliberada paralisação nos dias 4, 5 e 6 de julho, entendendo que, neste momento da negociação, não há abertura para mais atrasos. Também no dia 29 a Eletrobras deverá enviar proposta de mudança das metas operacionais da Participação em Lucros e Resultados (PLR) das distribuidoras do sistema, assim como data para pagamento dos valores referentes aos índices incontroversos (leia mais aqui). Os diretores se comprometeram, ainda, a analisar a questão da meta EBITDA para as quatro geradoras do sistema elétrico.
A 4ª rodada de negociação coletiva foi marcada para o dia 7 de julho, também em Brasília.
Confira abaixo o boletim do CNE sobre a reunião e o calendário de lutas dos trabalhadores: