Foi anunciada, no jornal “The Wall Street Journal”, a possível venda da Embraer para a norte-americana Boeing. Com lucro líquido de R$351 milhões no 3º trimestre deste ano, a Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo e única fabricante brasileira de aviões, perdendo apenas para a própria Boeing e a AirBus. Isso significa que o interesse da Boeing nessa negociação é acabar com a concorrência da Embraer e disputar com as demais empresas internacionais. Embora privatizada em 1994, a União tem a chamada “golden share”, que possibilita poder de veto ao governo federal em decisões estratégicas, como em negociações de vendas e fusões da empresa, mesmo sem ter o controle acionário. Dos cerca 20 mil trabalhadores, existem engenheiros dedicados à formulação de ações e produção de tecnologia e inovação.
Em um momento de tensão econômica e profundo desemprego, a alternativa deveria perpassar por um modelo de Estado robusto. Defendemos a nacionalização da Embraer como saída da atual crise, como fator de geração de emprego e renda, estímulo ao mercado interno e à produção de ciência e tecnologia e em defesa da soberania, fortalecendo uma política de defesa nacional. Repudiamos a proposta de venda da Embraer para o capital estrangeiro e exigimos o veto a essa negociação.
Conclamamos as pessoas nacionalistas a defenderem a Embraer e a soberania de nosso país. Dizemos não à entrega da Embraer!
Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2017