Na Bahia, petroleiros protestam contra venda da Petrobras e em defesa da Petros

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Mais de 1500 petroleiros marcaram posição no ato em frente ao prédio da Petrobras em defesa do Fundo de Pensão Petros, da AMS (Assistência Médica Suplementar) e contra a privatização da estatal.

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Foto: Sindipetro-BA

A rua em frente ao edifício Torre Pituba, sede da Petrobras na Bahia, foi ocupada na manhã dessa quarta-feira (24) por cerca de 1500 trabalhadores do Sistema Petrobras – ativos, aposentados, pensionistas e terceirizados.

Com discursos e palavras de ordem, a categoria petroleira marcou posição firme em defesa do Fundo de Pensão Petros, da AMS (Assistência Médica Suplementar) e contra a privatização da Petrobras, da saída da estatal da Bahia e da retirada de direitos. 

A categoria atendeu ao chamado do Sindipetro Bahia e de outras entidades representativas como Aatape, Ambep, Aepet, Abraspet e CEPE’s, que fazem parte do Fórum em Defesa da Petrobras na Bahia. A CUT Bahia também esteve presente. Ato semelhante foi realizado no Rio de Janeiro, em frente ao prédio do EDISE, também reunindo milhares de petroleiros de todo o Brasil. Houve ainda manifestação em Sergipe.

Participação e unidade da categoria

O ato na Bahia, que durou cerca de cinco horas, chamou a atenção pela unidade e disposição de luta da categoria. Em suas falas, os representantes de associações e sindicatos presentes afirmaram que há muito tempo não se via uma junção de pessoas e entidades com pensamentos distintos como ocorre agora. 

Pelo menos, ressaltaram, “no caso dos petroleiros, o que o governo está conseguindo é unir ainda mais a categoria, seus sindicatos, associações e federação”. 
 
Além dos trabalhadores da ativa, lotados no EDIBA, participaram do ato, empregados de outras unidades da Petrobrás, a exemplo da RLAM, Fafen e UO-BA. Muitos aposentados e pensionistas vieram de longe, de cidades como Alagoinhas, Mata de São João, Feira de Santana, Candeias, Serrinha, São Francisco do Conde, Madre de Deus, São Sebastião do Passé e Catu, para participar da mobilização.

O ato teve uma grande repercussão na imprensa, com a cobertura de rádios, jornais, televisões e sites, o que. segundo a diretoria do Sindipetro é muito importante, pois é uma forma das entidades conseguirem dialogar também com a sociedade, mostrar o que está acontecendo com a Petrobras, que pode afetar a vida de todos os cidadãos.

O coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, lembrou que a Petrobras nasceu na Bahia, “o que torna os petroleiros baianos precursores dessa história de luta e dedicação, que resultou na construção dessa empresa de petróleo, uma das maiores do mundo, e, não vamos permitir que esse governo de extrema direita apague essa história, privatizando a Petrobrás e retirando a estatal da Bahia”. 

Apesar dos sucessivos ataques aos sindicatos, vindos principalmente da direção da Petrobras, cresceu a procura da categoria pelas entidades sindicais. Muitos que ainda não eram associados fizeram questão de preencher a ficha de filiação durante o ato, demonstrando a vontade de  fortalecer o sindicato em uma conjuntura totalmente adversa.

 

Fonte: Sindipetro-BA