Em atividade no Paraná, ministro Gilberto Carvalho avalia que aproximação foi tardia, mas que o mundial deixará um grande legado para o Brasil
Com o auditório da APP-Sindicato lotado, o seminário Diálogos da Copa reuniu representantes dos movimentos sociais e do Governo Federal para um debate sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil. De um lado as reivindicações e problemas que o mundial está acarretando, do outro os investimentos e o legado que ficará para a população. Com a proximidade da abertura do evento – menos de um mês – , esta aproximação tem sido uma constante para o Governo Federal, com diversos eventos semelhantes sendo realizados nas cidades-sede.
Contudo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu que o Governo Federal demorou para realizar este diálogo com os movimentos sociais. “Eu não deveria estar aqui hoje. Deveria estar dois, três anos atrás”, avalia.
Carvalho também negou que o Governo Federal tenha gasto dinheiro de outras áreas para que o mundial fosse realizado no Brasil. “A Copa do Mundo será um sucesso e deixará um grande legado para o País”, completa.
“Os movimentos sociais apresentaram suas demandas que foram ouvidas e serão levadas para Brasília pelos representantes do Governo Federal, que por sua vez, apresentou dados relativos aos investimentos e também procurou desmistificar algumas questões”, explica a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.
Sobre os estádios, o Governo Federal relatou que dos R$ 8 bilhões gastos, 50% serão financiados pelo BNDES que serão pagos ao banco estatal. Outro R$ 1,4 bilhão é do Governo do Distrito Federal e o restante de recursos privados. “Não há recursos do orçamento federal na construção dos estádios”, garantiu Carvalho. De acordo com ele, estes valores não tem afetaram os investimentos em saúde e educação, que são crescentes. Nos dados apresentados já foram destinados pela União em educação R$ 102 bilhões em 2013 e o montante deve ultrapassar R$ 107 milhões neste ano. No caso da saúde, o valor foi de R$ 83 bilhões no ano passado e a perspectiva é de que este ano feche com investimento de R$ 91,5 bilhões. Desde 2010, ano que iniciaram as ações para sediar a Copa do Mundo, o governo federal investiu R$ 825,3 bilhões em Educação e Saúde.
A apresentação também destacou impactos sociais, como os culturais, de sustentabilidade com inclusão social e a transparência nos gastos, que são divulgados e levaram a um aprimoramento da fiscalização dos gastos pelos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União.
O Seminário foi promovido pela CUT Paraná, CTB e Nova Central.
Escrito por: CUT-PR