Morte de trabalhadores rurais aumenta 50% em todo o país

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O número de mortes de trabalhadores rurais teve um aumento de 50% nos quatro primeiros meses deste ano. Em 2011, oito camponeses morreram no período de janeiro a abril. Já neste ano, 12 trabalhadores perderam a vida por conflitos rurais. Os dados são da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

As mortes ocorreram em seis estados do Brasil. Em entrevista ao IG, Isolete Wichinieski, da coordenação nacional da Comissão, a violência se dá por conta da pressão da fronteira agrícola e de ameaças em disputa pela terra. Segundo ela, trabalhadores são mortos por denunciarem o trabalho de madeireiras.

Os dados da Pastoral mostram que o número de pessoas vivendo sob ameaça de pistoleiros cresceu 18% no ano passado, chegando a mais de 45 mil. O aumento das mortes pode ser a expressão direta do aumento dessas ameaças. Normalmente, os assassinatos são cometidos por jagunços a mando de fazendeiros.

Isolete afirma que um trabalho que tem ajudado nos conflitos são comitês de resolução de conflitos criados pela Ouvidoria do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo ela, o comitê se reúne quando existe conflito e permite conversações.

A partir daí, são negociadas a saída, os prazos e, às vezes, é possível conseguir algum tempo a mais para a permanência das famílias nas terras. A coordenadora da Pastoral da Terra diz, no entanto, que nem sempre as famílias são ouvidas nessas reuniões.

 

Fonte: Pulsar