Metodologia e prática para garantir um bom enfrentamento nas negociações

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Estrutura e processo da negociação coletiva foi o tema do seminário promovido pela Fisenge – em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – entre os dias 31 de março e 02 de abril, em Sete Lagoas, Minas Gerais. Cerca de 30 sindicalistas participaram do evento que reuniu, além de conceitos, argumentação prática. “O seminário tem o objetivo de capacitar para atuação durante o processo de negociação e trazer a compreensão do papel do dirigente sindical como representante de um coletivo, além de apresentar métodos, estratégias e táticas, organização de reuniões, desfechos e monitoramento”, explicou o supervisor técnico do Dieese e economista, Cloviomar Cararine.

“Este já era um anseio da base e até mesmo para incentivar a saudável renovação do quadro de pessoas que participam das negociações. E durante o seminário, cada um pôde aliar teoria à prática, principalmente, no que tange ao comportamento diante de uma mesa de negociação”, pontuou o coordenador do seminário e diretor de relações sindicais da Fisenge, Fernando Elias Jogaib.

Mesmo quem nunca participou de uma mesa de negociação antes, pôde treinar e representar todos os lados de uma mesa, durante a teatralização elaborada pelo Dieese, que colocou os donos das empresas de um lado, os sindicalistas do outro e os profissionais em mobilização. “Sou iniciante na área de negociação e pude entender que é importante saber ouvir, coordenar e, principalmente, ter conhecimento para defender a categoria com boa argumentação e técnica”, avaliou Júlio Cezar Silveira, membro do Conselho Fiscal do Senge-SE, que está dando início a uma negociação com a prefeitura de Sergipe.

Já para quem tem experiência em negociações como o vice-presidente do Seagro-SC, Vlademir Gazoni, o seminário pautou a importância de uma metodologia concreta. “Precisamos nos preparar e nos organizar ainda mais para enfrentar as mesas de negociação, porque fica claro que o lado dos patrões vem mais organizado. Por isso, devemos nos instrumentalizar cada vez mais com metodologias sólidas e argumentação clara e convincente, além de maior organização dos trabalhadores”, disse Gazoni.

O presidente da Fisenge, Carlos Roberto Bittencourt acredita que este foi um momento para agregar conhecimento tanto para os iniciantes quanto para os que já participam de negociações. “Este seminário abriu novos caminhos e trouxe motivação para os participantes em futuras negociações”, afirmou. Outro destaque foi a participação das mulheres com representantes de cinco estados do país: Márcia Nori e Silvana Marília Ventura (Senge-BA); Giucélia Araújo (Senge-PB); Cleude Pereira (Senge-RJ); Vera Lúcia Podgurski (Senge-PR); e Lorena Caroline de Oliveira (Senge-MG). “A mulher, geralmente, não é chamada para participar das negociações e considero este curso uma oportunidade para que ela também, se capacite para ocupar os espaços e, principalmente, desenvolva aptidão para decidir em nome de um determinado grupo”, concluiu a representante sindical no Crea-RJ, Cleude Pereira.

O curso é um desdobramento do Planejamento Estratégico da Fisenge e o segundo já realizado. O primeiro aconteceu em 2006, no Rio de Janeiro.  Ao longo desta gestão (2008/2011) foram realizados diversos seminários com os temas: agricultura familiar, investimentos públicos e, na sequência, será realizado o Seminário de Gênero, em 29 de abril e para encerrar os cursos de formação promovidos por essa gestão, no dia 04 de agosto haverá um seminário sobre gestão sindical.