Mesmo em queda, mortes por Covid-19 no Brasil superam 2ª onda na Europa

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

Mesmo com tendência de queda, o número de mortes por Covid-19 no Brasil  supera a segunda onda da pandemia do novo coronavírus na Europa. No mês de outubro, morrem mais pessoas no país, que tem 212 milhões de habitantes, do que na União Europeia, que tem 447 milhões de pessoas e conta com uma população mais velha.

De acordo com dados do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), que acompanha a pandemia nos países da União Europeia, do Brasil e do Reino Unido, o Brasil foi o terceiro país com o maior número de mortes por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas – foram 10,7 mil mortes de 1º a 17 de outubro.

Mortes no Brasil

Até às 8h desta terça-feira (20), o país perdeu 154.243 vidas para a Covid-19 desde o inicio da pandemia, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa.

A média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 502. Se forem levados em consideração os dados desde o inicio de maio, a média semanal está em 488 mortes, o menor patamar desde o início de maio. Mas ainda assim apenas Índia (780) e EUA (700) superam o país nesse quesito.

No pico da pandemia no Brasil, que durou quase três meses, de 5 de junho a 23 de agosto, a média diária de mortes esteve acima de mil.

Casos confirmados

No balanço das 20h de segunda-feira (19), foram confirmadas 341 mortes e 18.586 novos casos, levando para 5.251.416 o total de casos confirmados  desde março.

O Brasil tem vivido diferentes fases da doença em seu extenso território. A pandemia, que começou nas grandes capitais, atingiu em pouco espaço de tempo praticamente todos os municípios do país. Menos de 10, entre os 5.570, não registraram casos da doença.

Situação nos estados

Três estados estão com alta na média de mortes: além do Rio Grande do Norte (RN), a Paraíba (PB), ambos estavam nesse grupo e tiveram os maiores aumentos, e também o Piauí, que foi neste domingo para estabilidade depois de cinco dias em alta, e nesta segunda está em alta novamente.

No RN, a média estava em 3 e foi para 19 no intervalo de 14 dias, o que levou a uma variação de 500%. Isso ocorreu após a inserção de 111 mortes na última sexta-feira no boletim do estado.

Sete estados estão em estabilidade: Rondônia, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Rondônia e Rio Grande do Sul vinham de queda.

Com queda na média móvel de mortes, são 16 estados e o Distrito Federal, que vinha de estabilidade: Acre, Amazonas, Roraima, que não divulgou dados nesta segunda, mas estava com redução, Amapá, Pará, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. As maiores quedas foram registradas no Acre e no Amapá.

Pandemia volta a avançar na Europa

O avanço acelerado da Covid-19 no continente europeu deve se agravar até o fim do mês, caso as tendências continuem sem grandes variações. Praticamente todo dia algum país da Europa anuncia novas medidas mais restritivas para conter a pandemia.

No domingo (18), o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou mudanças nos horários de funcionamento de escolas, bares, restaurantes e academias.

Na França, os novos casos dispararam nesta semana. No dia 12 de outubro, o país registrou o maior pico de casos: 43 mil.

A Bélgica decidiu fechar por quatro semanas todos os restaurantes e bares, a Suíça tornou obrigatório o uso de máscaras em lugares fechados e a Alemanha instou os cidadãos a só saírem de casa em caso de urgência.

Na Itália, o pico da 2ª onda é maior do que no começo da pandemia. País tem mais de 423 mil casos confirmados e mais de 36 mil mortes. Na última semana, a Itália bateu recordes de novos casos. No domingo (18), foram 11.705.

Fonte: CUT

Foto: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL