Ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) durante anúncio em Brasília (Foto: E. SA/AFP)
O pacote de medidas fiscais divulgado ontem (segunda-feira, 14) pelo Governo Federal, com o objetivo de supostamente reequilibrar as contas públicas, vai na contramão das necessidades do país e dos trabalhadores, pois onera a atividade econômica e reduz gastos sociais em um momento em que a recessão já atinge a todos (as). Nenhuma das medidas aponta para a retomada do crescimento e geração de empregos, que são os problemas mais urgentes e graves que enfrentamos atualmente.
Além disso, o governo não discutiu essas medidas com os setores representativos da sociedade, que foram chamados a participar do “Fórum de Debates” sobre emprego, trabalho, renda e previdência social, instalado na semana passada. Dessa forma, o governo perdeu mais uma oportunidade de dar espaço à participação da sociedade nas decisões. Assim, o pouco diálogo nesses momentos importantes de medidas que afetam a vida de todo povo brasileiro é motivo de preocupação para nós da CUT.
Recentemente elaboramos um programa econômico alternativo ao atual, que ao invés de privilegiar o ajuste fiscal recessivo, que não deu certo em lugar nenhum do mundo, aponta saídas para crise via retomada do crescimento, geração de empregos e distribuição de renda. Assim, pediremos uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para apresentar nossas propostas, e temos a certeza de que com elas o País retomará o rumo de crescimento e, principalmente, de redução da pobreza e da desigualdade social que vivemos nos últimos 12 anos.
Fonte: CUT