Mais uma multinacional suja a costa brasileira

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Petróleo vaza de plataforma da Modec e já atinge a costa de Angra dos Reis. Acidentes são recorrentes

Depois do vazamento da norte-americana Chevron na costa brasileira, agora é a vez da empresa nipo-norte-americana Modec produzir um novo vazamento de óleo combustível, a partir de seu navio petroleiro, no dia 17 de dezembro, entre a Ilha Grande e Paraty.
 
O óleo vazou do navio Cidade de São Paulo e atingiu a praia do Bomfim, em Angra dos Reis. A embarcação, que chegou recentemente da China, está ancorada próximo à Angra dos Reis, para passar por reparos no Estaleiro Brasfels.
 
O diesel está diluído e não tem mais condições de ser recolhido, por isso será disperso com a utilização de jatos de água, e ainda existiam duas manchas de óleo no mar.
 
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, passando-se por defensor do patrimonio publico e do meio ambiente “instou” a Modec a “limpar imediatamente as áreas de praia e costão atingidos pelo óleo em Angra dos Reis”. Como se isso bastasse.
 
Além disso, a Modec recebeu a irrisória multa de R$ 16 milhões do Inea pelas más condições do navio-plataforma FPSO Cidade de São Paulo.
 
Desastres como este vão seguir acontecendo enquanto o governo brasileiro continuar entregando as riquezas do pré-sal e a soberania nacional as empresas multinacionais, que não estão nem ai com nosso povo e nosso meio ambiente.
 
É necessário colocar estas gigantes do petroleo para fora já, expropriando seus bens sem nenhuma indenização e estabelecendo a volta do monopólio estatal do petróleo.
 
Multinacional japonesa/ norte-americana
 
A MODEC Inc. (Mitsui Ocean Development & Engineering Inc.) é líder em operação de plataformas offshore flutuante.
 
A empresa tem sede em Tóquio, no Japão e atua em Angola, Austrália, Brasil, Bélgica, Costa do Marfim, Indonésia, México, Nigéria, Cingapura, Tailândia, EUA e Vietnã, com operações em todas as principais regiões offshore e atualmente possui e opera 23 navios FPSO.
 
O que são os FPSO ?
 
As unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO-Floating Production, Storage and Offloading) são embarcações flutuantes utilizadas pela indústria petroleira offshore para o processamento de hidrocarbonetos e armazenamento de petróleo. Um navio FPSO é projetado para receber hidrocarbonetos produzidos em plataformas, processar o óleo, e armazena-lo até que possa ser descarregado em um tanque ou transportado através de oleodutos. São verdadeiros navios-fabricas.
 
O navio utilizado apenas para armazenar o óleo (sem processamento) é chamado navio flutuante para armazenamento e descarga (FSO).
 
Shell e Basf descumprem até acordos judiciais
 
Para se ter uma idéia do desprezo que tem estas multinacionais petroquimicas pelos trabalhadores e o povo brasileiro, as empresas Shell e Basf se negam a cumprir as decisões dos tribunais brasileiros que determinam indenizações e pagamento de tratamento a ex-funcionarios e moradores atingidos pela contaminação de seus produtos.
 
A ação contra as empresas foi impetrada pelo Sindicato Químicos Unificados, a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq), o Ministério Público do Trabalho de Campinas e a Justiça do Trabalho de Paulínia.
 
Em abril deste ano as empresas tinham sido condenadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar uma multa de 1,1 bilhão de reais, tratamento medico de funcionarios e moradores por danos causados na fabricação de agrotoxicos em Paulinia. O tratamento deveria ter começado em 9 de dezembro. Mas até hoje a empresa se nega a pagar.
 
Já morreram 56 ex-funcionarios de cancer que trabalharam na fabrica da Shell em Paulinia. Cerca de 1100 pessoas foram habilitadas no processo a receber o tratamento, mas a empresa somente quer reconhecer 350.
 
Multinacionais como Shell, Basf, Chevron, BP, Braskem, Motec e todas as empresas imperialistas somente estão preocupadas com seus lucros e nem se importam com a destruição das forças produtivas do mundo, particularmente homens e mulheres e a natureza.
 
Se recusam a pagar multas, indenizações e tratamentos, e para isto se utilizam de milhares de ações judiciais, com recursos recorrentes.
 
Por isso tem que ser colocadas para fora de nosso país.
 
Fonte: Américo Astuto, editado pela Agência Petroleira de Notícias