A Bahia concentra o maior número de desempregados e desalentados, o Maranhão dos sem carteira e o Piauí daqueles que precisam e querem trabalhar mais horas, mas não conseguem
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
O Nordeste, Região atacada pelo governo, que falou até em cortar recursos dos governadores “paraíba”, concentra as maiores taxas de desemprego, trabalhadores sem carteira assinada, subutilizados e desalentados, de acordo com os dados do 2º trimestre de 2019, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (15), pelo IBGE.
A taxa de desemprego do 2º trimestre deste ano no país foi de 12%, o que equivale a 12,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras fora do mercado formal de trabalho. As maiores taxas foram registradas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%). Já as menores foram observadas em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).
Entre os sem carteira assinada, os campeões também estão no Nordeste. O percentual de trabalhadores sem carteira e, portanto, sem direitos assegurados em todo o país foi de 25,7%. E os estados com os maiores percentuais foram Maranhão (49,7%), Piauí (48,0%) e Pará (47,3%). As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (12,4%), Rio Grande do Sul (16,7%) e Paraná (18,6%).
A subutilização atinge 28,4 milhões de brasileiros que poderiam e querem trabalhar mais horas e não conseguem em todo o país. E, mais uma vez, estados nordestinos estão entre os mais afetados por este drama. As regiões mais afetadas por falta de trabalho foram Piauí (43,3%), Maranhão (41,0%) e Bahia (40,1%). Já as menores taxas foram em Santa Catarina (10,7%), Rondônia (15,7%) e Mato Grosso (15,8%).
O desalento, trabalhadores que desistiram de procurar emprego, atingiu 4,9 milhões de pessoas no 2º trimestre de 2019. Os maiores contingentes de desalentados estão na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil) e os menores no Amapá (13 mil) e em Rondônia (15 mil).
O percentual de brasileiros e brasileiras desempregados, fazendo bicos, ou trabalhando por conta própria, como diz o IBGE, foi de 25,9% no 2º trimestre deste ano. E mais uma vez, as maiores vítimas da crise econômica são os nordestinos e nortistas. Os estados com os maiores percentuais de trabalhador por conta própria foram Pará (35,6%), Amapá (35,1%) e Amazonas (34,3%). Já os menores foram Distrito Federal (19,6%), Mato Grosso do Sul (20,9%) e São Paulo (21,7%).
Confira na página do IBGE.
Fonte: CUT / Escrito por Marize Muniz