Nesta segunda-feira, dia 22, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, participou da mesa com ministros de todo o mundo, realizada na 5ª edição do Fórum Urbano Mundial (FUM). Na ocasião, Fortes fez uma avaliação das políticas de habitação, saneamento e mobilidade urbana aplicadas no Brasil. “Consideramos a política de infraestrutura um investimento e não um gasto. Utilizamos financiamento e orçamento públicos que são repassados aos estados e municípios. Hoje, não somos mais devedores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e sim credores”, afirmou o ministro.
Fortes ainda falou sobre os investimentos em infraestrutura nas favelas. “Estamos priorizando a melhoria e a construção de habitações dentro e fora das favelas com ambientes diferenciados, como por exemplo, posto de saúde, áreas de capacitação transporte público tanto para acesso quanto para circulação nas comunidades”, disse. A ministra da Costa Rica questionou este assunto e citou a questão da verticalização destas áreas como possível solução. Já a secretária de desenvolvimento social do México, Sara Thompson, apresentou dados com os quais demonstra o alto crescimento populacional do País. “Desde 1970, a população se duplica continuamente, principalmente nos centros urbanos”, ela afirmou questionando estratégias de contenção. O ministro Márcio Fortes enfatizou a importância do desenvolvimento rural e agropecuário.
Ao final da conferência, o ministro encerrou o debate com uma avaliação sobre os avanços das políticas de infraestrutura no Brasil. “Um grande avanço foi a criação do próprio Ministério das Cidades em 2003, também a criação do Plano Diretor”. Márcio Fortes ainda afirmou: “Daremos continuidade às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o PAC II, investindo nas áreas de risco, em transporte e complementando as obras já realizadas pelo programa anterior”.
Déficit habitacional
Foi anunciado no 5º Fórum Urbano Mundial (FUM) pelo ministro Márcio Fortes, a redução do déficit habitacional. Elaborado pela Fundação João Pinheiro, o estudo aponta a diminuição do déficit de 2008 para 2007. O novo indicador do déficit habitacional estimado é de 5,8 milhões de domicílios, dos quais 82% estão localizados nas áreas urbanas. As principais áreas metropolitanas do país abrigam 1,6 milhão de domicílios representando 27% das carências habitacionais do país. Em relação ao total dos domicílios, o déficit representa 10,1% do país, sendo 9,7% nas áreas urbanas e 11,9% nas rurais.
Foto: Rodrigo Nunes/MCidades