Intransigente, CSN recusa protocolo da pauta unificada de trabalhadores

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No dia 5/4, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) se recusou a receber os sindicatos que entregariam a pauta unificada de negociação coletiva, em São Paulo. O engenheiro, presidente do Senge-VR e diretor de negociação coletiva da Fisenge, Fernando Jogaib representou a Federação. “A CSN recusou o protocolo da pauta de reivindicações numa atitude completamente antidemocrática e antissindical”, alertou Jogaib. Na ocasião, havia representantes de cinco categorias dos metalúrgicos, engenheiros (Senge-VR e Fisenge), Metabase de Congonhas-MG, dos Vigilantes de Volta Redonda e dos Portuários do Rio que, pela primeira vez, fazem a negociação de maneira unificada.

A pauta foi aprovada na semana passada em assembleias. Jogaib ainda relatou que os seguranças chegaram a passar pelo rádio uma comunicação para o funcionário do protocolo de correspondência não receber documento algum.

Além da pauta unificada que seria entregue à empresa, a conversa com a CSN abordaria outros itens aprovados em assembleias realizadas com as cinco categorias. Os engenheiros, por exemplo, aprovaram a reivindicação de implantação do piso salarial de 8,5 salários mínimos. Já para os metalúrgicos, a demanda é que o piso seja de dois salários mínimos.

Os itens que serão negociados para todos os trabalhadores se referem ao reajuste salarial, que deverá ser calculado pelo INPC pleno, no período anual, e mais o ganho real, com a recomposição das perdas dos últimos seis anos, somando o total de 20 a 22%. Além disso, um cartão alimentação no valor de R$ 1 mil, com direito a todos os trabalhadores ativos, assim como aos afastados por auxílio-doença, auxílio-doença acidentário, doença ocupacional e/ou profissional e as trabalhadoras que estejam em licença maternidade.

Sobre a PLR, a reivindicação é de 10% do lucro operacional (EBITDA) igual para todos os trabalhadores ativos e demitidos no exercício de 2022. As categorias irão pleitear o fim do banco de horas, com o pagamento de todas as horas extras, trabalhadas no período de apuração ao mês correspondente, acrescidos dos adicionais.

Outra reivindicação diz respeito às horas extras, com adicional de 100% por horas extras trabalhadas de segunda a sábado; adicional de 200% para domingos e feriados. E que a empresa se comprometa a não exigir do trabalhador, duas horas extras diárias. A pauta reafirma a jornada de trabalho de 36 horas/semanais. Além do piso salarial de dois salários mínimos e o fim do desvio de função.