Os funcionários do quadro profissional da Caixa, paralisados desde o último dia 28 de abril, estão recebendo ajuda de peso dos sindicatos filiados à Fisenge. Os Senges PR, BA, RJ, RO e MG estão dando apoio e subsídios para as atividades do movimento de greve, além de auxiliar no controle das adesões, impressão e divulgação de atividades, além de apoio jurídico, fundamental no processo.
Em nível nacional a greve já conta com a adesão de 87% dos funcionários. Depois que a Caixa enviou, na semana passada, ao Tribunal Superior do Trabalho, pedido para que a greve fosse considerada ilegal, aumentou a indignação dos trabalhadores e consequente adesão à greve.
Em todos os estados há a participação ativa e em massa dos engenheiros da Caixa. Somente na cidade de Jundiaí, grande São Paulo, não haviam engenheiros envolvidos na greve.
No dia 13 de maio foi organizada marcha à Brasília. O ato contou com o apoio de parlamentares de alguns estados.
Mário Viana, diretor do Senge-BA e funcionário da Caixa alerta que a greve não acontece como forma de contrariar os programas do governo federal. “Este não é um movimento contra os programas do governo. As datas apenas coincidiram com o lançamento do programa Minha Casa, minha vida”, esclareceu.
No ano passado, durante a campanha salarial dos bancários como um todo, ficou acordado que a Caixa realizaria uma reestruturação da carreira, o que não aconteceu. “Isto estava definido numa das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho”, afirmou o dirigente.
Greve é histórica
Nunca houve uma greve nesta proporção de toda a categoria profissional da Caixa. Os sindicatos e federações envolvidas estão conseguindo, em conjunto, salvaguardar o direito dos trabalhadores de se manifestarem e exigirem que seu direito seja respeitado.
A CUT apóia o movimento em nível nacional, juntamente com os sindicatos filiados da Fisenge nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Rondônia.
Ações
Nesta segunda-feira será realizada em Curitiba, PR, audiência pública para tratar do programa “Minha Casa, minha vida”, com a participação do Ministro do Planejamento, representantes da Secretaria de Habitação e diretores da Caixa em. O Senge-PR participará e aproveitará a ocasião para entregar documento cobrando posicionamento da Caixa.
Para o presidente do Senge-PR, Valter Fanini, a Caixa está negligenciando a movimentação dos trabalhadores. “Esta é uma estratégia para desgastar a greve. O sindicato tem papel importante neste processo de aglutinar forças. Por isso é importante a participação dos sindicatos e o posicionamento forte da Fisenge”, afirmou Fanini.
A Audiência de conciliação será realizada na próxima quarta-feira, dia 20. A Caixa solicitou que o Tribunal demandasse o retorno imediato ao trabalho antes da audiência, mas o TST não acatou o pedido.