Governo afasta risco de racionamento e mantém redução de tarifa

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

O Ministério de Minas e Energia afastou a possibilidade de racionamento de energia elétrica e anunciou que o desconto de 20% na conta de luz começará a ser aplicado em fevereiro. O comunicado foi feito após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta quarta-feira (9), em Brasília. Em entrevista coletiva à imprensa, o ministro Edison Lobão lembrou que o período de chuvas começa agora e que a expectativa é de que as chuvas reponham o nível dos reservatórios.

Ele enfatizou que o Brasil tem energia suficiente para cobrir as necessidades do país. “Não há, não houve, e espero que não haja, no futuro, o desabastecimento”, disse.

Edison Lobão espera que os níveis de água dos reservatórios das hidrelétricas voltem ao normal até o final de abril para que possam ser desligadas as termelétricas que estão sendo usadas atualmente para cobrir a produção menor das hidrelétricas, em função da falta de chuva.

E disse ainda que, embora a produção de energia térmica seja mais cara do que a hidrelétrica, não haverá redução do percentual de desconto anunciado pelo governo federal para a tarifa de energia elétrica.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste operam hoje com 28,32% da capacidade; os do Nordeste, com 30,2%; os do Norte, com 39,88%; e os do Sul, com 43,4%.

O diretor geral do órgão, Hermes Chipp, que também participou da coletiva, diz que “o período mais intenso de chuvas é de janeiro a abril e se houver a concretização dos que está prevendo em termos de clima, vamos suspender o funcionamento das térmicas até o final do período úmido, final de abril”, acrescentando que é uma avaliação “conservadora”.

Sem desabastecimento

O ministro de Minas e Energia também negou o risco de desabastecimento de gás para a indústria, por causa da decisão de manter as usinas térmicas em funcionamento em 2013. Segundo o ministro, o Brasil conta com 90 milhões de metros cúbicos de gás, dos quais 45 milhões são produzidos internamente, 30 milhões vêm da Bolívia e 15 milhões são gás natural liquefeito. “Não haverá desabastecimento para a indústria por causa das térmicas a gás”, garantiu Lobão.

De acordo com o ministro, na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, prevista no Calendário Anual do Comitê, aprovado na reunião de dezembro de 2012, os participantes fizeram avaliação de rotina da capacidade do sistema elétrico. E negou que o objetivo do encontro tenha sido a discussão de uma possível crise no abastecimento de energia.

A reunião contou com a presença de dirigentes do Ministério, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (CEPEL). Além desses membros, são convidados-participantes dirigentes da Eletrobras, de agentes e das Associações do Setor Elétrico.

Fonte: O Vermelho