FUP rejeita proposta e petroleiros seguem em greve

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Petrobrás oferece 8% de aumento, mas trabalhadores cobram ao menos 12%

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) rejeitou nesta segunda-feira, 21, a nova proposta de acordo coletivo apresentada pela Petrobrás, em reunião pela manhã. A empresa elevou de 7,68% para 8% o reajuste salarial dos trabalhadores da ativa, o que representa ganho real entre 1,41% e 1,80%. A categoria cobra 12,86%, sendo que 5% de ganho real e 0,90% de produtividade.

Além disso, a proposta da Petrobrás não avança no atendimento dos demais pleitos da pauta dos petroleiros. A empresa não se pronunciou em relação às reivindicações de melhorias no Plano de Cargos e Salários, como avanço automático de Pleno para Sênior e realinhamento das carreiras de nível médio, garantindo a isonomia para os inspetores de segurança patrimonial, técnicos de inspeção de equipamentos, de contabilidade, de administração e de enfermagem.

A proposta da Petrobrás também não aponta mudanças estruturais na política de SMS, nem avança em outros pleitos fundamentais, como ingresso de pai e mãe na AMS (Assistência Médica Suplementar), extensão imediata dos três níveis para os aposentados e pensionistas, fundo garantidor para os trabalhadores terceirizados, garantia da AMS para os aposentados da Transpetro, custeio integral de medicamentos para os aposentados e pensionista, entre outras melhoria do benefício farmácia, pagamento das horas extras a 100% para os trabalhadores da manutenção que estão no regime administrativo, além do restabelecimento do convênio da Petrobrás com o INSS para pagamento dos benefícios da Petros, fundo de pensão dos trabalhadores.

“Como já era previsto, a reunião com a Petrobrás nesta segunda-feira, 21, data do leilão de Libra, tinha como principal objetivo tentar desmobilizar a categoria e enfraquecer a greve nacional. A nova proposta apresentada pela empresa, além de incompleta, não atendeu aos principais pleitos da categoria, tanto na questão econômica, quanto nas reivindicações sociais. Os petroleiros portanto, continuam em greve e hoje participam de atos e manifestações em vários estados contra o leilão de Libra”, afirma o coordenador geral da FUP, João Antônio de Moraes.

Denúncia de ações antissindicais

A FUP condenou duramente as ações antissindicais dos gestores da Petrobrás para tentar impedir o direito constitucional de greve dos trabalhadores. A Federação denunciou várias arbitrariedades cometidas pela empresa, que tem recorrido até mesmo às Forças Armadas para patrulhamento das unidades, além da utilização da polícia, inclusive P2, nos campos terrestres e em outras unidades, interditos proibitórios com multas absurdas, expedidos inclusive por desembargadores e com envio de juízes de plantão às unidades, cárcere privado, corte de comunicações nas plataformas, ingresso de equipes de contingência, entre tantas outras ilegalidades. Os dirigentes da FUP ressaltaram que essas ações configuram crime contra a organização sindical e o direito de greve, fatos que estão sendo amplamente denunciados.

Escrito por: Federação Única dos Petroleiros (FUP)

Crédito foto: FUP