A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) repudia veementemente as atitudes machistas e sexistas dos brasileiros, na Copa do Mundo, na Rússia. Dentre os protagonistas há um engenheiro que também desrespeita e compactua com a violência psicológica e verbal na gravação. O Brasil é o quinto país no ranking mundial de violência contra a mulher. Nós, profissionais de engenharia, temos o dever ético e social de zelar pela igualdade e dignidade de todas as pessoas. Desde 2005, o Coletivo de Mulheres da Fisenge luta pelo fim do machismo e da misoginia na engenharia e na sociedade. Organizamos mulheres em 11 estados do Brasil pautando questões de gênero e raça numa categoria ainda majoritariamente masculina. O profissional de engenharia tem como dever exercer a sua profissão com ética e cidadania, respeitando a diversidade cultural, de gênero e racial na sua atuação profissional e como cidadão. É igualmente inaceitável que tais atitudes machistas e misóginas sejam justificadas como “brincadeiras”, que servem como dispositivos de afirmação do sexismo. Lamentamos profundamente o episódio e cobramos a responsabilidade desses brasileiros.