A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) protocolou, ontem (23/11), o abaixo-assinado contra o aumento de taxas e anuidade dos Creas (Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia). O documento conta com 10.091 assinaturas de profissionais de todo o Brasil que são contra essa decisão e foi anexado junto ao pedido de reconsideração da Fisenge. O Plenário do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) aprovou, no dia 30 de setembro de 2022, as resoluções nº1457 e 1458/2022 que aumentam os valores de serviços, multas, ARTs e anuidades em 8,83%.
De acordo com a engenheira e vice-presidente da Fisenge, Elaine Santana, o aumento vem em um momento de amplo desemprego na área da engenharia, do aumento da informalidade e do congelamento do Salário Mínimo Profissional. “O Brasil vive um período de pós-pandemia com uma grave crise econômica e, nos últimos anos, a engenharia perdeu postos de trabalho e direitos e é praticamente inviável penalizar ainda mais os trabalhadores e as trabalhadoras que sofrem com a inflação, a alta de alimentos e dos preços”, afirmou Elaine que ainda acrescentou: “Por outro lado, a Fisenge reconhece as dificuldades econômicas de alguns Creas e sugere ao Confea a revisão do programa “Fortalece” para suprir as necessidades e particularidades das entidades”.