A Central Única dos Trabalhadores realizou no dia 19 de janeiro, em São Paulo, reunião ampliada de sua executiva nacional e decidiu lançar uma grande campanha para combater a crise, tendo sempre em mente a manutenção dos empregos sem redução de salários. Uma das justificativas é a de que os empresários tiveram lucros exorbitantes nos últimos anos, e, portanto, podem arcar com os efeitos da crise. De acordo com dados do Dieese, a produção industrial aumentou (em termos brutos) cerca de 19,5% no período de 2003 a 2008.
A Central trabalha com as seguintes propostas de medidas para o governo: manutenção do reajuste previsto do salário mínimo, que terá como efeito a injeção de recursos na economia; possibilidade de redução da taxa Selic, já que cada 1% de redução na taxa corresponde a cerca de R$ 15 bilhões anuais que podem ser investidos na produção e geração de empregos; criação de câmaras setoriais para análise do desempenho e situação de cada setor econômico, uma vez que pode ser observado que a crise atinge setores diferentes de forma diferente. Além disso, a instituição de reuniões periódicas do governo com as centrais sindicais.
O diretor executivo da Fisenge, Raul Otávio, participou da reunião. Em sua fala, ele destacou a oportunidade de se utilizar como instrumento de combate ao desemprego e à diminuição da atividade econômica a Lei 11.888, de 24 de dezembro de 2008. “Esta é a Lei da Engenharia Pública e pode sim criar empregos não só para engenheiros como também para toda a cadeia de profissionais envolvidos principalmente com a construção civil”, afirmou.
Na foto o diretor executivo da Fisenge, Raul Otávio, apresentando sua proposta.