Fisenge participa de ato público de lançamento do movimento em defesa de Eleições Limpas

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Aconteceu no dia 29/8, o lançamento do Movimento em Defesa do Projeto de Iniciativa Popular Eleições Limpas, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).O coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e juiz Márlon Reis fez uma reconstrução histórica das mobilizações desde a aprovação da lei Ficha Limpa. “A primeira lei de iniciativa popular foi em 1999, que proibia a compra de votos. Foi preciso uma mobilização de mais de um milhão de pessoas para pressionar pela aprovação e ainda tivemos que defendê-la de 13 projetos de lei que a mutilariam. Em 2002, surge o MCCE com a simples missão de proteger a lei, que foi blindada pela mobilização popular. Em seguida, aprovamos o Ficha Limpa, que ataca a consequências e barra na seleção do candidato. Agora, vamos às causas: o abuso do poder econômico e a garantia de que os mandatos não terão apadrinhamento empresarial, nem individual”, afirmou.

O MCCE tem o objetivo de cumprir um papel pedagógico sobre o sistema eleitoral brasileiro para que o cidadão tenha clareza na votação. Com este entendimento, diversas entidades e movimentos sociais, dentre elas a Fisenge, encampam a luta pela reforma política. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cézar Britto ressaltou que a unidade é fundamental nesse momento. “Voto não tem preço, tem consequência, e não pode ser utilizado como balcão de negócios. É preciso valorizar a política, e não a politicagem e, por isso, essencial o fortalecimento dos partidos”, apontou. Uma das organizações que aderiu ao movimento foi a União Nacional dos Estudantes (UNE). “Nunca houve um momento tão favorável para pautar a reforma política no Brasil. Milhares de jovens estão nas ruas e querem interferir nos rumos deste país. Precisamos criar um sistema eleitoral mais democrático, com mandato voltados para o interesse popular. A reforma política é a mãe das reformas e precisamos firmar um pacto nacional em defesa da democracia brasileira”, disse a presidenta da UNE, Virgínia Barros.

No debate, dois pontos foram centrais: o financiamento de campanha e a lista fechada para votação nos partidos políticos. O Brasil viveu e ainda vive um momento de mobilização popular nas ruas, sob um discurso perigoso de antipartidos e antipolítica. “O discurso da antipolítica é o discurso da ditadura militar. Precisamos combater a política de celebridades dominada pelo poder econômico. Alguns colegas no parlamento dizem que devemos votar uma minirreforma, mas não mudaremos nada se não avançarmos em questões estruturais. Convoco a todos e a todas a se engajarem nessa campanha e pressionarem pela inclusão do projeto na pauta e sua aprovação na primeira quinzena de setembro”, finalizou o deputado federal Henrique Fontana (PT/RS).