Acontecerá, no próximo dia 14/6, uma greve geral contra a Reforma da Previdência e contra os cortes na educação. De inspiração ultraliberal, a proposta do governo federal segue a lógica de retração das políticas de proteção e seguridade social. Por alterar cláusulas da Constituição Federal, a proposta tramita como PEC nº 6/2019 (Proposta de Emenda à Constituição) e, para ser aprovada precisa dos votos de, pelo menos, 308 dos 513 deputados na Câmara e de 49 dos 81 senadores. Entre as principais mudanças anunciadas pela PEC estão o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 para homens); a instauração de um sistema de capitalização, no qual cada pessoa economiza para pagar a própria aposentadoria, ao contrário do sistema de repartição atual que segue um modelo de solidariedade mútua e as alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Tais medidas afetam profundamente a população mais pobre do país, dificultando e impedindo a aposentadoria de milhares de brasileiros e brasileiras.
Nesse sentido, a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) se posiciona contra a Reforma da Previdência e orienta os sindicatos filiados a:
- promoverem debates no sentido de esclarecer a posição contrária sobre a Reforma da Previdência nos locais de trabalho, nas universidades e nas sedes dos sindicatos;
- emitirem notas públicas contra a proposta;
- participarem das plenárias de organização da greve, promovidas pelas centrais sindicais, movimentos sociais e demais categorias nos respectivos estados;
- convocarem assembleias com a finalidade de debater e deliberar com a categoria a forma de participação na greve geral;
- intensificarem a coleta de assinaturas contra a Reforma da Previdência;
- convocarem os engenheiros e as engenheiras a participarem da Greve Geral.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)