A Fisenge acaba de ampliar sua rede de atuação e estreitar ainda mais os laços com movimentos sociais e sociedade civil. A entidade, ao final de 2008, passou a integrar o Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Já são 40 entidades participantes da rede. A reunião de adesão contou com a participação do presidente da Fisenge, Carlos Bittencourt, e do diretor-geral Clóvis Nascimento.
Para o presidente da Fisenge, Carlos Bittencourt, a entrada da Fisenge na rede trará os engenheiros para uma participação mais ativa nos movimentos de combate à corrupção. “A participação da Fisenge nesse movimento é fundamental, pois um de nossos princípios é o exercício ético da Engenharia e isso pressupõe que seu desempenho se dê com transparência e equilíbrio. A atuação junto a movimentos populares e sociedade civil ajuda a estreitar os laços e ampliar a atuação da entidade”, disse o dirigente.
De acordo com o diretor financeiro da Fisenge, Renato Andrade, de 2002 a 2008 mais de 600 prefeitos perderam seus mandatos, o que representa mais de 10% do total de prefeitos no Brasil. “Quanto mais evoluir o controle social, mais se inibe a atividade ilegal. Este é um processo de combate sistemático e, portanto, estará sempre ativo”, afirmou Andrade.
Histórico
O movimento iniciou-se em 1997, com o projeto “Combatendo a corrupção eleitoral”, elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP). Uma conquista importante foi a Lei 9.840, de 28 de setembro de 1999 – que prevê punições ao crime de compra de voto. Esta foi a primeira lei nascida de iniciativa popular.
O MCCE agora elabora um Projeto de Lei que tornaria inelegível candidatos condenados em primeira instância. Para que o Projeto seja aceito é preciso a assinatura de cerca de 1,2 milhão de eleitores, o que representa 1% do eleitorado brasileiro.