Fisenge apoia greve dos eletricitários

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) assinou – em conjunto com outras entidades e os movimento sociais – uma nota de apoio à greve dos eletricitários que completa mais de 20 dias, e tem adesão de cerca de 90% dos 27 mil trabalhadores do sistema Eletrobrás. Confira a nota abaixo.

TODO APOIO À GREVE DOS ELETRICITÁRIOS

Nós, movimentos sociais do campo e da cidade, reunidos neste dia 05 em São Paulo, na Plenária Nacional de Movimentos Sociais, declaramos total apoio à greve dos eletricitários do sistema Eletrobrás.

Os trabalhadores e trabalhadoras do grupo estatal Eletrobrás estão em greve a mais de 20 dias. Cerca de 90% dos 27 mil trabalhadores de 14 empresas estatais pertencentes à estatal federal continuam em greve. Os trabalhadores estão em luta pelo fortalecimento das empresas públicas, aumento salarial, política de valorização e garantia de direitos, cancelamento dos leilões de privatização de usinas hidrelétricas, entre outras.

Os setores conservadores e rentistas que controlam a Eletrobrás estão implementando um conjunto de medidas que visam atacar e aumentar a exploração sobre seus trabalhadores e criar condições para uma futura privatização da estatal.

Neste momento, a Eletrobrás esta tentando impor medidas para demitir cerca de 20% de seus trabalhadores, aumentar as terceirizações, retirar direitos, reduzir gastos salariais com trabalhadores, além de vários outras medidas de reestruturação do trabalho que prejudicam os trabalhadores, precarizam o trabalho e como consequência conduzem a uma piora na qualidade dos serviços de energia elétrica ao povo brasileiro.

Lamentavelmente, para atender aos interesses dos setores especuladores, a diretoria da Eletrobrás vem se negando a negociar com seus próprios trabalhadores. Sem propostas e de forma autoritária, a empresa ingressou na justiça contra a greve numa clara intenção de criminalizar a greve.

Hoje uma parcela importante das ações da Eletrobrás encontram-se “privatizadas” desde os anos 90, controladas por setores especuladores, como JP Morgan e fundos internacionais e que exigem remessas de lucro cada vez maiores. A posição conservadora da Eletrobrás vem para atender a estes setores.

A greve é legítima, e nós, movimentos sociais brasileiros apoiamos a greve. Recentemente, estes trabalhadores de empresas estatais, foram os responsáveis em oferecer ao país a energia elétrica mais barata, foram eles que possibilitaram o governo Dilma anunciar a redução média de 20% nas tarifas de energia elétrica no início de 2013 através da “renovação das concessões”. Portanto, os trabalhadores que deram grande contribuição ao país, não podem agora ser penalizados por interesses rentistas.

Neste momento, de uma nova conjuntura, com grandes manifestações de ruas, os trabalhadores cobram mais avanços. A própria presidente Dilma Roussef fez um pronunciamento em cadeia nacional, no qual passou a mensagem que a pauta das manifestações passariam a ganhar “prioridade nacional”, onde “a cidadania e não o poder econômico que deveriam ser ouvido em primeiro lugar”. Esperamos que a Eletrobrás, como uma empresa do governo, atenda as demandas do conjunto destes trabalhadores.

Por fim, aos trabalhadores e trabalhadoras que estão em greve no setor elétrico, nosso total apoio. Sigam firmes e contem conosco.

“Água e energia não são mercadorias.”

São Paulo, 05 de agosto de 2013.

CUT – Central Única dos Trabalhadores

CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil

Plataforma Operária e Camponesa para Energia

FUP – Federação Única dos Petroleiros

FNU – Federação Nacional dos Urbanitários

FTUESP – Federação dos Trabalhadores Urbanitários do Estado de São Paulo

UNE – União Nacional dos Estdantes

MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens

MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores

MMC – Movimento de Mulheres Camponesas

VIA CAMPESINA

CIMI – Conselho Indigenista Missionário

FETRAF – Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar

FISENGE

SENGE – PR

INTERSUL

SINERGIA-SC

SINERGIA- Campinas

SIDIELETRO-MG

SINTAEMA-SP

Intersindical-SP

CMP – Central dos Movimentos Populares

CMS – Central dos Movimentos Sociais

Consulta Popular

Assembleia Popular

Levante Popular da Juventude

MAM – Movimento dos Atingidos pela Mineração

Pastoral da Moradia

Pastoral do Migrante

Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação

Grito dos Excluídos Continental

Jubileu Sul

Ação Cidadania

Movimento Reforma Já

MCP – Movimento Camponês Popular

MMM – Marcha Mundial de Mulheres

MDM-FEPAC

COSNTEE

Frente Nacional dos Torcedores

Bloco de Lutas

SASP-SP

MMPT

CONEN

UNEGRO

INESC – Plataforma pela reforma política

PJR – Pastoral da Juventude Rural

ENEBIO – Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia

REDE FALE

Frente de Lutas de Juiz de Fora

Indígenas Pataxós

Indígenas Tupinambas

Articulação Paulista de Agroecologia

Campanha Contra os Agrotóxicos

Foto: Site FNU