A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) declara o seu apoio à paralisação anunciada pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), que será realizada entre os dias 11 e 13 de junho. O movimento tem o objetivo de denunciar tentativa do governo de privatizar o Sistema ELETROBRAS.
Devem parar os empregados das áreas administrativas e das atividades fins, como operação e manutenção, de todas as empresas de geração e transmissão das empresas CHESF, FURNAS, ELETRONUCLEAR, ELETROSUL, ELETRONORTE E CEPEL, além das empresas de distribuição dos estados de Alagoas, Piauí, Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. Serão garantidos os serviços essenciais aos usuários e, se houver alguma ocorrência no sistema que possa comprometer a continuidade dos serviços de fornecimento de energia elétrica, os sindicatos acionarão as equipes de manutenção para atendimento emergencial.
Esta greve é contra o processo de tentativa de privatização da ELETROBRAS, que representa uma tentativa de desmonte das empresas integrantes no maior sistema de geração e transmissão do setor elétrico nacional. A privatização trará um imenso prejuízo para a população, principalmente pelo aumento de preço da energia elétrica e entrega de controle de um setor estratégico a grupos estrangeiros, atingindo também de forma dramática o uso das águas de rios que exercem importante papel da geração de energia. Além disso, ressaltamos que o modelo de venda estabelece um preço vil, apenas para satisfazer aos interesses de grandes grupos empresariais, capitais internacionais rentistas, atrelando o preço final ao dólar e ao mercado internacional, enriquecendo às custas da maioria do povo brasileiro.
Esta política de preços da eletricidade, da gasolina, do diesel e do gás de cozinha adotada faz parte de um conjunto de ações entreguistas, legitimadas pelo golpe político, midiático e jurídico contra a vontade da população brasileira.
Este paralisação conta também com o apoio e solidariedade da Frente Brasil Popular, Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia, bem como de todas as organizações, movimentos sociais e federações de trabalhadores que constroem uma agenda integrada de ações e engajamento em frentes parlamentares nos âmbitos nacional, estadual e municipal em defesa da soberania nacional. Em defesa da Eletrobras, da engenharia brasileira e da soberania nacional, afirmamos o nosso apoio à mobilização dos trabalhadores do setor elétrico.
Rio de Janeiro, 08 de junho de 2018.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros