Pedro Monforte, diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ), participou das comemorações dos 60 anos da Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), no último dia 6 de julho. “A Faferj é a organização do movimento de favelas mais atinga do Brasil”, destacou o dirigente.
A Faferj foi fundada um ano antes do golpe militar, logo colocada na ilegalidade. Várias de suas lideranças foram mortas e perseguidas pela ditadura, mas a entidade continuou resistindo. Organizou eleições para as associações de moradores de favela, numa época em que não havia nem sombra de democracia no país.
Embora a ditadura civil-militar tenha sido derrotada, o autoritarismo e a violência nunca acabaram nas favelas e nas periferias, alertou Pedro. “Até hoje, a Faferj luta por direitos nas periferitas, contra o racismo e o genocídio diário dos jovens negros, cometido pelo Estado. Também está à frente de movimentos de apoio à habitação popular, em defesa da urbanização e lutando contra as remoções. Vida longa à Faferj!”
A data do aniversário da entidade foi também a das eleições para uma nova gestão, que reelegeram Rossino Diniz para a presidência.