O início da semana foi marcado por mais uma série de protestos contra torturadores do regime militar. As manifestações, denominadas “Escrachos”, ocorreram em até 11 estados do país.
Os protestos ocorreram no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Pará, Bahia, Ceará, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Em São Paulo, cerca de 100 jovens do movimento Levante Popular da Juventude fizeram o “escracho” do tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima, que foi reconhecido pela presidenta Dilma Rousseff como torturador da Operação Bandeirante. O ato ocorreu em frente a casa do militar, na cidade do Guarujá, no litoral paulista.
No Rio de Janeiro, o “escracho” aconteceu no bairro do Flamengo. É lá que mora o torturador José Antônio Nogueira Belham. Ele foi o chefe do DOI-CODI do Rio, um dos órgãos de repressão do regime militar. Dentre as inúmeras torturas e assassinatos cometidos em sua repartição está a do engenheiro civil e militante pelo PTB, Rubens Paiva.
Já na Bahia, 150 jovens foram às ruas de Salvador para fazer um “escracho” contra o torturador Dalmar Caribé, cabo do Exército na ditadura. Ele foi responsável pelos assassinatos dos lutadores populares Carlos Lamarca e Zequinha Barreto. Os manifestantes caminharam até a sede da Associação de Karatê da Bahia, fundada pela família de Caribé.
Os “escrachos” acontecem logo após a presidenta Dilma Rousseff anunciar os nomes da Comissão da Verdade, que apurará os crimes da ditadura militar. Os escolhidos pela presidenta foram: Nilson Gripp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (sociólogo), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Paulo Calvalcanti Filho (adovgado).
Fonte: Agência Pulsar/ Brasil de Fato