Desde o anúncio do economista Marcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os meios de comunicação e setores conservadores têm impetrado uma série de ataques à indicação. Entre os argumentos falaciosos, há a afirmação de que Pochmann fará uma “gestão ideológica”. Em primeiro lugar, como profissionais de engenharia sabemos que toda técnica é conduzida por uma visão de mundo e por ideias. Ora, ideologia é um conjunto de ideias. A produção de estatísticas baseada em ciência e metodologias sérias contribuem para a qualificação e a formulação de políticas públicas e para o bem-estar da classe trabalhadora brasileira. É inaceitável a desqualificação e a campanha de difamação que o professor Marcio Pochmann sofre pela mídia. Inclusive há que se frisar que tampouco existe neutralidade na comunicação, e estes ataques são um exemplo desse contexto.
Pochmann é professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), ambas em São Paulo. Foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Perseu Abramo. Além disso, Pochmann já escreveu teses e ministrou palestras para os Consenges (Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros) promovidos pela Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros).
Nós, engenheiros e engenheiras da Fisenge, prestamos toda solidariedade ao companheiro Marcio Pochmann e apoiamos sua indicação ao IBGE na certeza da necessária reconstrução do Brasil.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2023
