Petroleiros em todo o Brasil iniciaram, no dia 1º de fevereiro, uma greve nacional por tempo indeterminado. A categoria reivindica a revisão do fechamento da Araucária/Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR) e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobrás e suas subsidiárias, como a Ansa. O encerramento das atividades da Fafen-PR, anunciada no dia 14 de janeiro, provocará a demissão de cerca de 1.000 trabalhadores, além de ameaçar outros 2.000 empregos nos setores de comércio e serviços.
O anúncio da greve tem também a finalidade de alertar a sociedade brasileira sobre a entrega e o desmonte do patrimônio brasileiro, essencial para a economia e a geração de emprego e renda. Desde o início dos protestos, tanto a direção da Petrobras como o governo federal vêm cometendo abusos em relação ao direito de greve e também na falta de interlocução com os sindicatos. A manifestação ainda denuncia a desindustrialização do país e a redução dos investimentos públicos na Petrobrás, que afetam diretamente a engenharia brasileira.
Diante deste quadro, nos solidarizamos com os petroleiros em greve e defendemos uma estratégia de desenvolvimento soberana comprometida com a preservação do patrimônio público, com a engenharia e o povo brasileiro.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros
Foto: FUP