Engenheiras e engenheiros capixabas lançam Coletivo de Mulheres

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O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Espírito Santo (Senge-ES) instituiu seu Coletivo de Mulheres no dia 19 de outubro, Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama. A efetivação do órgão busca ampliar a participação das profissionais nas atividades sindicais, aprimorar políticas de gênero nas instâncias de decisão e negociações coletivas e, sobretudo, atuar por uma sociedade e um mundo do trabalho mais igual.

O lançamento representa um salto na política de gênero para as engenheiras no Estado e marca a programação especial do Senge-ES neste Outubro Rosa. O evento foi realizado no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-ES).

O presidente do Senge-ES, engenheiro eletricista Ary Medina Sobrinho, falou da necessidade de adequar as ações sindicais à contemporaneidade. “O número de mulheres engenheiras é muito grande e elas ainda são muito pouco representadas nas ações sindicais e mesas de negociação. Queremos que as mulheres venham participar dos debates dentro da sociedade e nas nossas ações”, frisou ele.

A representante do Senge-ES no Coletivo de Mulheres da Fisenge, engenheira Lúcia Helena Vilarinho Ramos, lembrou que o lançamento é apenas o primeiro passo no desenvolvimento de ações pela igualdade de gênero em nível estadual. “O Coletivo de Mulheres objetiva motivar a participação do Sindicato dos Engenheiros nas questões de gênero. Estava na hora de constituirmos o Coletivo aqui no Espírito Santo”, disse Lúcia Helena.

Capilaridade

A instituição do Coletivo de Mulheres do Senge-ES é primordial na capilaridade das ações de igualdade de gênero já consolidadas na Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), que iniciou a efetivação de sua Diretoria da Mulher ainda em 2005. A diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía, frisou a importância dos Sindicatos desenvolvam suas políticas e ações de gênero nos Estados. “Não basta criar o Coletivo de Mulheres, tem que efetivar e fazer as ações. É maravilhoso saber que o Espirito santo finalmente conseguiu passar para próxima etapa, ter sensibilidade dos dirigentes para importância desse instrumento. A politica nacional está traçada, nos estados cabe aos coletivos regionais ver o quais são as prioridades. As questões de gênero não são da mulher, são da sociedade”, disse.

Lançamento

No evento, Simone também apresentou a animação “Lei é para ser cumprida”. O vídeo foi exibido no lançamento do Coletivo e conta com a personagem Engenheira Eugênia, que é protagonista de histórias em quadrinhos publicadas há mais de três anos pela Fisenge.

Vozes da igualdade

Uma série de palestras marcaram o lançamento do Coletivo de Mulheres. A desembargadora Federal do Trabalho, Maria Francisca dos Santos, discorreu sobre a evolução da legislação de gênero no Brasil. “A história é contada por homens”, explicou. “As policias sindicais ainda não são do tamanho das mulheres”, complementou Maria Francisca, que usou até de poesia para mostrar os desafios das mulheres no decorrer da historia e na contemporaneidade.

O vice-presidente da Fisenge, Roberto Freire, falou sobre a necessidade de atualização nos quadros e ideias sindicais e da sociedade pela igualdade de gênero. “O lançamento do Coletivo de Mulheres no Espírito Santo é um passo importante que deve ser seguido pelos sindicatos de todos os Estados. As mulheres são mais de 50% da população e não ocupam este mesmo perceptual nas áreas de lideranças. Temos que buscar essa igualdade”, afirmou ele.

Já a ex-vice presidente do Senge-ES, Margareth Saraiva, falou sobre  a importância e participação das engenheiras na retomada do movimento sindical. “Hoje temos um novo sindicalismo, uma nova mulher e um novo homem”, afirmou Margareth, fazendo alusão aos novos formatos familiares e do mundo do trabalho. O presidente do Crea-ES, engenheiro Helder Carnielli, defendeu maior participação das mulheres em toda sociedade, nos campos profissionais e de tomada de decisão, bem como nos conselhos técnicos.

Continuidade

O lançamento do Coletivo complementa ações pela igualdade de gênero já iniciadas pelo Senge-ES. Além de organizar eventos para discutir o assédio moral, no ano passado o Sindicato dos Engenheiros aderiu ao movimento da Organização das Nações Unidas (ONU) pela igualdade de direitos e oportunidades de homens e mulheres intitulado #ElesPorElas. Veja mais fotos do evento

Fonte: Senge-ES