Nem só de números vivem os engenheiros e as engenheiras. Na tarde ensolarada do último sábado (05) aconteceu, no Rio de Janeiro, a final da 4ª COPA SENGE DE FUTEBOL SOCIETY 2017. Os times Mulambos (masculino) e Q.P.S (feminino) deixaram a Associação Atlética da Light no fim da tarde levando os troféus de campeões do campeonato.
Em seu 4° ano consecutivo, a COPA SENGE ontou, este ano, com a participação 13 times masculinos e 3 femininos. O evento teve apoio da Caixa de Assistência dos Profissionais do Creas – A Mútua, e organização do diretor do SENGE Rio, Jorge Antonio. Estiveram presentes no evento o diretor da Fisenge, Clóvis Nascimento; a representante do Coletivo de Mulheres da Fisenge, Simone Baía; os diretores e diretoras do SENGE Rio Maria Virgínia Martins (RJ), Marco Antonio Barbosa (RJ), Luiz Cosenza (RJ), Carlos Antonio de Magalhães (SE) e o presidente do SENGE Rio, Olímpio Alves dos Santos.
De acordo com o engenheiro eletricista José Chacom de Assis, eventos como este são fundamentais para congregar socialmente os trabalhadores e trabalhadoras da engenharia. “O sindicato tem a função de lidar com a questão trabalhista, a defesa do profissional… mas é também necessário congregar esses profissionais, que estão espalhados por tantos lugares. E a Copa Senge faz isso de uma forma muito bonita” afirmou Chacom.
Luíz Cosenza, diretor do SENGE RJ, também enfatizou a importância da congregação entre os trabalhadores e trabalhadoras no contexto político atual, “momento em que a engenharia, responsável por parte expressiva do PIB brasileiro, está sendo massacrada”. Simone Baía, representante do Coletivo de Mulheres da Fisenge, acentuou a necessidade da união na atual conjuntura de intensa retirada de direitos. A engenheira química enfatizou também a importância da Copa Feminina para a integração das trabalhadoras para perto do sindicato.
O campeonato feminino, que começou a germinar na edição do ano passado, foi destaque este ano. Apesar de em 2016 ter acontecido um amistoso feminino, não houveram times suficientes para realização da Copa, “o que foi possível em 2017 graças a uma mobilização nossa”, conta Maria Virgínia Brandão. De acordo com Kenia de Souza Matos, autora do gol da vitória do Q.P.S, além da aproximação entre engenheiras e sindicatos, a iniciativa divulga o futebol feminino, “ que é tão pouco valorizado em nosso país”.
Os jogos finais
Os jogos que definiram o pódio da COPA SENGE 2017. A primeira disputa, entre os times Carrossel Carioca e Toca Raul foi marcada por muitos gols. O time Carrossel Carioca, eliminado nos pênaltis na semifinal, emplacou cinco gols garantindo o troféu do terceiro lugar, Toca Raul marcou um gol. De acordo com Franklin Duarte Viegas, responsável por dois gols do time, “mesmo em terceiro lugar o Carrossel Carioca fez uma ótima campanha. Saímos sem perder nenhum jogo… terceiro colocado invicto”.
A final do campeonato feminino foi o segundo jogo do dia. As meninas do Q.P.S já começaram em vantagem pelo saldo de pontos, mas o primeiro gol do jogo foi do time Sem Limites. O time campeão, entretanto, reage e empata em seguida e no segundo tempo, Q.P.S vira e garante o primeiro lugar da Copa.
Por fim, Mulambos e Bonsucesso entram em campo para disputar o primeiro lugar do campeonato masculino. Os dois times da final são veteranos da Copa Senge, tendo participado de todas as edições do evento mas nunca ganhando nenhuma. O jogo foi muito disputado, mas os Mulambos garantiram a vitória por 3 a 1.
O camisa 10 Flávio Valente, responsável por dois gols dos Mulambos afirmou que o time foi se acertando durante o campeonato: “nos dois últimos jogos nos acertamos, e quando o coletivo vai bem o individual acaba sobressaindo. Fiquei muito feliz de ter conseguido ajudar meu time a ser campeão. É a primeira vez que chegamos na final e ainda levamos o título de quebra!”.
Paulo Assis, representante do tradicional time Bonsucesso A+ afirmou que o Sindicato foi muito feliz na estruturação do campeonato: “é o retrato do futebol brasileiro e a mensagem que fica é que a organização continue trabalhando para que o campeonato melhore cada vez mais, pois os times estão cada vez mais apaixonados pela COPA SENGE.”
Por Laura Ralola