Encontro Nacional do MAB começa nesta segunda-feira em São Paulo

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O evento, que contará com a participação de mais de 3 mil atingidos por barragens, acontece na cidade de Cotia, na Grande São Paulo. Abertura será às 17 horas

Mais de 3 mil atingidos por barragens de todo o país são esperados para o Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que inicia nesta segunda-feira (2). O evento acontece na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, e além dos atingidos pelas barragens estarão presentes representantes de movimentos, organizações sociais e parceiros de 25 países. Haverá um grande ato político de abertura às 17 horas, para o qual estão sendo esperados diversos setores da sociedade, autoridades políticas, eclesiais, lideres sindicais e de movimentos sociais, entre outros.

Com o seu encontro nacional, o MAB irá discutir a política energética nacional, fazendo críticas e proposições ao atual modelo, denunciar as violações de direitos humanos que acontecem sistematicamente nas barragens em todo o país e pressionar o governo federal para que institua uma Política Nacional de Direitos para as populações atingidas.

Além disso, estão sendo preparadas ações de rua para reafirmar a postura do movimento contra os leilões do petróleo e a privatização das barragens, além de alertar a população de São Paulo sobre o alto preço pago pela população brasileira para as tarifas de energia. Mesmo com a matriz de custo mais baixo, através de hidrelétricas, pagamos a sexta tarifa mais cara do mundo, equivalente às tarifas pagas pelos europeus, por exemplo, que tem sua principal matriz de energia elétrica baseada na geração térmica.

Outro tema de destaque do encontro será a construção de grandes barragens no Brasil, e em especial na Amazônia. Atualmente 45 grandes e pequenas barragens para geração de eletricidade estão em construção, e até 2021 a previsão é de mais 99 obras, com despejo de milhares de famílias.

Os atingidos por barragens também irão problematizar o papel das transnacionais no setor. A Siemens e a Alstom, por exemplo, focos de denúncias por formação de cartel para atuação em obras do metrô e trens de São Paulo, fornecem também equipamentos para as hidrelétricas no Brasil e também estão sendo investigadas por indícios de cartel.

Fonte: MAB