Embrapa propõe aos trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário apenas repor perdas

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Sinpaf mobiliza a categoria e sublinha necessidade da valorização profissional

Ao contrário da expectativa do SINPAF, a nona rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2013-2014 da Embrapa, realizada na manhã desta quinta-feira (27), na sede da empresa, em Brasília, não teve qualquer avanço nas cláusulas econômicas do ACT. A Embrapa propôs como reajuste para os trabalhadores o IPCA aplicado até abril/2013, ou seja, 6,49%. Para o SINPAF a proposta financeira está muito aquém da expectativa e da necessidade de reconhecimento e valorização que os trabalhadores da Embrapa merecem.

De acordo com a coordenadora do Departamento de Gestão de Pessoas da Embrapa e presidente da comissão do ACT, Paule Mendes, o percentual apresentado foi o máximo autorizado pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). Segundo ela, o atual contexto social e econômico do país foi crucial neste processo de negociação junto aos órgãos superiores.

Para o SINPAF, o atual momento político e social do Brasil proporciona um cenário exatamente contrário ao posto pela Embrapa. O país vive um momento em que clama por mais investimentos em diversas áreas, entre as quais, educação e valorização dos serviços públicos. Nesse contexto o Governo Federal tem o dever de olhar para os trabalhadores da Embrapa como aliados, afinal, a empresa é uma das grandes geradoras de conhecimento e riquezas para o país.
Embrapa quer excluir avanços econômicos

Na avaliação do SINPAF, a proposta da Embrapa de conceder como reajuste apenas o IPCA para todas as cláusulas financeiras do ACT Revisando (ACT 2012-2013) impõe a exclusão de todas as demais cláusulas novas propostas pelo Sindicato, quem implicam em avanços econômicos e sociais advindos a partir de remuneração indireta, como: 13º vale-alimentação; reconhecimento para o adicional de qualificação para técnicos e assistentes; isonomia de direitos; reconhecimento e pagamento de horas in itenere; multa por descumprimento do ACT; auxílio educação; participação no lucro social; resultados e premiações; e ampliação do adicional de titularidade, adicional de antiguidade, do terço constitucional de gratificação de férias, prêmio aposentadoria, adicional de isolamento, gratificação por atividades em áreas remotas, gratificação de fronteiras e horas extras.

A Embrapa alega que os avanços adicionais reivindicados pelo SINPAF aos trabalhadores implicariam num aumento de mais de 50% na folha de pagamento da empresa. Com base nessa resposta, o sindicato requereu o estudo de cálculos financeiros que demostram o impacto alegado pela empresa, para garantir maior transparência ao processo de negociação e se colocou a disposição para receber contra propostas da Embrapa.

Casembrapa
O SINPAF também registrou a necessidade de imediata intervenção financeira por parte da empresa no plano de saúde dos empregados, o Casembrapa, visando o repasse de valores suficientes para a garantia da sustentabilidade do mesmo. O SINPAF também cobrou a realização da videoconferência para tratar do tema com os trabalhadores, conforme já foi acordado e registrado em ata, em reunião realizada anteriormente.

Próximas reuniões
Na reunião desta quinta-feira, o Acordo Coletivo de Trabalho 2012-2013 foi prorrogado por mais 15 dias, ficando válido até 15 de julho. As próximas rodadas de negociação do ACT 2013-2014 estão agendadas para 01 e 03 de julho, das 14 às 17h, e 08, 10 e 12 de julho, das 9 às 12h.
Trabalhadores mobilizados
Ainda hoje, a Direção Nacional do SINPAF vai enviar edital de convocação para todas as Seções Sindicais da Embrapa no país, chamando assembleias gerais para avaliação da proposta financeira apresentada pela empresa, de 6,49%. O SINPAF orienta a rejeição da proposta por entender que os trabalhadores da Embrapa merecem ganho real.

Fonte: Sinpaf