Embora sejam assuntos distintos, a Eletrobras busca contaminar a pauta do ACT (Acordo coletivo de Trabalho) dos trabalhadores com a da privatização. No entanto, os trabalhadores, entidades sindicais e associações não serão vítimas desta armadilha.
A discussão do ACT teve início no 35º ENTFU (Encontro Nacional dos Trabalhadores de Furnas), realizado na cidade de Passos/ MG. As ações dos trabalhadores foram no sentido de buscar a manutenção dos benefícios e correção da inflação, ou seja, o mínimo necessário.
A pauta de reivindicações foi entregue à empresa em fevereiro de 2018, tendo em vista que a data base é 1º de maio. Como a empresa não negociou em tempo, houve a necessidade de renovação do ACT , por dois períodos, sendo que o segundo período termina no final de junho.
Até o momento a Eletrobras só procrastinou o processo, apresentando a proposta apenas no final de maio. Com a reforma trabalhista os trabalhadores perderam a ultratividade do ACT, ou seja, estão a poucos dias de perder todos os benefícios de uma só vez.
Pedido dos trabalhadores ao ministro Maurício Godinho Delgado
Caro ministro, o único instrumento legal que temos para forçar a empresa a negociar é a greve. Deliberaremos greve por tempo indeterminado para que a empresa possa negociar.
Os trabalhadores querem trabalhar com condições dignas. Esperamos que este Tribunal Superior do Trabalho decida nosso ACT 2018/2019 novamente, já que a empresa não está com a menor vontade de negociar.
Confiamos na Justiça!!!
Fonte: Caroline Diamante/Senge-MG