Aconteceu, nessa quinta-feira (5/5), a primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Sistema Eletrobrás com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). Os trabalhadores reivindicam ganho real, garantia de emprego e fim das privatizações. Representando a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), o diretor de negociação coletiva, Ulisses Kaniak disse que, diante da atual conjuntura política no país, os pontos fundamentais são a manutenção dos direitos e a defesa do modelo público e estatal do setor elétrico. “A empresa sinalizou um quadro de indefinição sobre a reposição inflacionária e ainda afirmou que não serão contratadas cláusulas novas”, contou.
Sobre o índice de reajuste, a Eletrobrás justificou que aguarda orientação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), órgão ligado ao Ministério do Planejamento. No entanto, o CNE esteve no dia anterior em reunião com dirigentes do DEST, que afirmaram que a Eletrobrás não atendeu à convocação que fizeram, como fazem todos os anos. Este cenário demonstra a falta de vontade política da empresa em negociar com os trabalhadores. “Queremos a manutenção de todas as cláusulas já existentes no ACT, garantia de emprego e o fim das privatizações. Continuaremos mobilizados em defesa do modelo público do setor elétrico federal”, alertou Ulisses que reforça a importância da participação dos trabalhadores nas assembleias, que serão realizadas no dia 10/5.
Ao final da reunião, a Eletrobrás se comprometeu a apresentar uma contraproposta ainda hoje (6/5) pela manhã. Lamentavelmente, comprovou-se que a empresa mentiu, pois até agora não recebemos nada.
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