Documentário sobre Celso Furtado retrata os caminhos do Brasil

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O documentário “O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani, será exibido, com entrada gratuita, no próximo dia 18 de março, às 18 horas, no Salão Moniz de Aragão- Avenida Pasteur, 250, 2º andar, na Praia Vermelha. A promoção é do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (www.forum.ufrj.br).

O filme será seguida de debate com o diretor José Mariani, os economistas Aloisio Teixeira (reitor da UFRJ), Carlos Lessa e Maria da Conceição Tavares e com a presidente Cultural do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Rosa Freire d´Aguiar Furtado.

Celso Furtado nasceu no interior da Paraíba, em julho de 1920, falecendo em 2004, aos 84 anos. Suas idéias, no entanto, continuam sendo cultivadas e se mantêm atuais, embora ausentes do debate na grande mídia, por fazerem um contraponto com o pensamento monolítico da globalização neoliberal. O documentário “O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado” retrata o pensamento desse importante economista e a trajetória da economia brasileira, na segunda metade do século XX.

“O longa-metragem mostra a atuação de Celso Furtado como estudioso dos aspectos estruturais do subdesenvolvimento e como gestor de políticas inovadoras para o Brasil. (..) Para Celso Furtado, o subdesenvolvimento é um processo histórico autônomo, e não uma etapa pela qual tenham passado as economias que já alcançaram grau superior de desenvolvimento. Esta tese é extraída da obra Desenvolvimento e Subdesenvolvimento, de 1961” (jornal da PUC, 25-7-2006).
Desde 25 de julho de 2006, quando estreou, no BNDES, por iniciativa do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, “O Longo Amanhecer” tem circulado por universidades de todo o país, em cursos de História, Economia, Comunicação, Sociologia e Política, mas também da área tecnológica, além das sessões para outros interlocutores, como a CNBB, a Academia Brasileira de Letras,  o Ibase, em geral, seguidas de debates.

Celso Furtado continua fazendo história, sobretudo por sua enorme sensibilidade para as questões sociais e iniciativas concretas na redução das desigualdades regionais, como quando esteve à frente da criação da Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, em 1959. Para o professor Ricardo Ismael, a região Nordeste começa a surgir com identidade na federação, a partir da Sudene.

“O longo Amanhecer recebeu menção honroso no Festival Internacional de Documentários. Na época, o júri justificou a escolha com o seguinte parecer:

“O longo amanhecer, de José Mariani, é um documentário sobre um dos mais importantes pensadores brasileiros, o economista Celso Furtado. O filme não é um relato biográfico, mas uma investigação sobre a atualidade de seu pensamento. Além disso, resulta também num painel bastante instigante sobre o próprio Brasil e sua história recente. “Um longo amanhecer” refere-se também a uma espécie de metáfora de um país que ainda não encontrou o caminho de um desenvolvimento sustentado. Persiste em suas estruturas arcaicas e abortou inúmeras chances de conquista de uma autonomia plena. Não se vê, no entanto, na veneranda figura de Celso Furtado, qualquer atitude de desesperança, apenas a frustração que todos nós sentimos de um processo de desenvolvimento não concretizado. Trata-se de um filme sensível e questionador dos modelos brasileiros de construção da nação, além de ser uma bela homenagem ao brilhante pensamento de Celso Furtado.” Mais informações podem ser obtidas em www.etudoverdade.com.br.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br), com informações do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ

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