Seagro- SC: Dirigentes defendem agropecuária na negociação

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O SEAGRO-SC e outros 12 sindicatos estiveram reunidos com lideranças da Secretaria da Agricultura, Epagri e Cidasc nos últimos dias para dar início às negociações para os Acordos Coletivos 2017/2018, cuja data base é 1º de maio. As reuniões aconteceram sob a coordenação do secretário adjunto, Airton Spies, designado negociador pelo governo do Estado. Lamentavelmente, nas reuniões dos últimos dias 10 e 16 de abril, o adjunto apresentou a contra proposta do Governo com o aval do CPF (Conselho de Política Financeira), informando que o Governo oferece apenas 50% do INPC, a renovação parcial das cláusulas sociais, sem nenhum avanço, só retrocessos, como a não correção do vale alimentação, do auxílio creche e do adicional de insalubridade. Além disso, das cláusulas com novas reivindicações dos trabalhadores, nenhuma foi aceita e se quer discutida com os dirigentes sindicais.

 No último dia 11 de abril foi realizada uma reunião protocolar na Superintendencia Regional do Trabalho e Emprego – TRT/SC com a Secretaria da Agricultura, Epagri, Cidasc, Ceasa e CPF.

Para o Comando Estadual dos Sindicatos da Agricultura, tudo ficaria mais fácil se o Governo já encaminhasse uma proposta que agregasse no mínimo algum avanço, financeiro ou social, o que não ocorreu, ficando subintendido que o CPF nem analisou as pautas e esta definindo de forma autoritária e burocrática os mesmos limites impostos em anos anteriores. Vale relembrar o exemplo do ano passado, quando o acordo coletivo foi assinado em novembro, muito embora a data base fosse maio.

 Para o SEAGRO, integrante do Grupo, não há a mínima possibilidade de abrir mão das cláusulas apresentadas, que são prioritárias e, em especial um compromisso formal da retomada das carreiras com a valorização dos empregados, com os cuidados da sanidade do agronegócio, principalmente após a Operação Carne Fraca. 

“Temos alertado constantemente ao Governo do Estado sobre a possibilidade de um apagão tecnológico e sanitário caso não haja um fortalecimento e maior valorização das estruturas de pesquisa agropecuária, extensão rural e defesa agropecuária. A excelência tecnológica e sanitária da agropecuária catarinense é fruto do trabalho acumulado de décadas e precisa ser mantida, atualizada e ampliada, se não podemos perder o bonde da história”, afirma o Diretor de Comunicação do Seagro-SC, engenheiro agrônomo Jorge Dotti Cesa.

 

Próximas ações

Já está agendada uma assembleia para o próximo dia 25 de abril, às 14 horas, na sede da APAER, reunindo 13 sindicatos, onde são esperados centenas de trabalhadores da Capital e interior do Estado. Na pauta, não havendo avanço na proposta do Governo, um indicativo de greve, que deverá ser votado, assim como da proposição de ações isoladas e pequenos piquetes frente aos locais de trabalhos. E mais, os sindicatos já articularam uma campanha publicitária em rádios e outdoor, alertando a sociedade para a falta de investimento e da desvalorização dos profissionais do agronegócio, tudo para manter a posição já consolidada do Estado catarinense, no segmento, no país e no mundo.

 “Os profissionais do setor exigem respeito a data base que é 1º de maio. Cabe ao Governo sensibilidade de apresentar uma proposta que viabilize a continuidade normal dos trabalhos realizados pelas empresas valorizando o setor”, finaliza Eduardo Piazera, Diretor Presidente do Seagro.