Diretoria Regional de Ponta Grossa toma posse e quer o sindicato cada vez mais como a “casa dos engenheiros”

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Depois dos longos 21 anos inativa, de 1993 a 2014, o grupo que retomou a Regional do Senge em Ponta Grossa assume a segunda gestão. A cerimônia de posse ocorreu nesta quarta-feira (21), na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Ponta Grossa, onde fica também a Regional do sindicato. A diretoria-geral passa das mãos da engenheira civil Margolaine Giacchini – que permanece diretora na nova gestão – para a engenheira agrônoma Josiane Burkner dos Santos.

“Nesse momento conturbado, eu espero que o Senge em Ponta Grossa seja a casa dos engenheiros, e que eles possam usar essa estrutura aqui para que possamos melhorar as condições da categoria e possamos fazer a diferença”, garantiu a nova diretora-geral.

“Fico muito feliz por poder participar e prestar um serviço que possa transformar e mudar a vida das pessoas”, completou.

A cerimônia de posse contou com a presença do presidente do Senge-PR, Carlos Bittencourt, do vice-presidente, Leandro Grassmann, do presidente do Crea-PR, Joel Krüger, do diretor de ética profissional da Associação dos Engenheiros Agrônomos, Luiz Scheuer, entre outras autoridades, associados e familiares.

Confira a composição da nova gestão:

Diretora Geral Regional Engenheira Agrônoma Josiane Burkner dos Santos

Diretora Regional Secretária Engenheira Civil Ana Luiza Kubiak Tozetto

Diretor Regional Financeiro Engenheiro Agrônomo Henrique Luis da Silva

Diretora Engenheira Agrônoma Lutecia Beatriz dos Santos Canalli

Diretora Engenheira Agrônoma Adriana Baumel

Diretor Engenheiro Agrônomo Roberto Chueire Vieira

Diretor Engenheiro Civil Manoel Marcelo da Silva Martins

Diretor Engenheiro Agrônomo Roberto Franzini

Diretor Engenheiro Civil Guilherme Farhat

Diretora Engenheira Civil Margolaine Giacchini

 O triênio da retomada

Na avaliação de Margolaine Giacchini, que esteve à frente da Regional nestes primeiros três anos de retomada, o período foi importante para a reorganização interna e de reestruturação das atividades institucionais. “Agora vamos poder avançar em um trabalho mais próximo da categoria dos engenheiros para pode atendê-los melhor”, projeta.

Ela destaca como uma das principais realizações da Regional até agora a mobilização dos estudantes, por meio do Senge Jovem. “Já estamos com um número grande de associados ao Senge Jovem e a meta agora é ampliar”. A regional é a segunda com maior número de acadêmicos associados, com cerca de 200 associados, ficando atrás apenas de Londrina.

Outra ação ressaltada foi a contribuição para a organização do Coletivo de Mulheres do Senge-PR. “A nossa regional é atípica, pois a gestão anterior tinha sete mulheres e dois homens. É raro que as mulheres sejam maioria no campo da engenharia. Então a primeira reunião do Coletivo precisava acontecer aqui. Foi aqui que iniciamos e agora estamos trabalhando para dar continuidade”. A ex-diretora-geral agradeceu o presidente do Senge, Carlos Bittencourt, e o funcionário do Senge pelo incentivo e apoio para o desenvolvimento das ações.

O presidente do Senge-PR, Carlos Bittencourt, ressaltou a importância do trabalho de retomada realizado pela gestão anterior e expressiva paridade de gênero. “É a maior participação de engenheiras de todo o estado, com 50% de mulheres diretoras”.

Engenharia e soberania

Aliada à busca por melhores salários e condições de trabalho para os engenheiros, Carlos Bittencourt reformou a necessidade da atuação sindical também dirigir esforços para outras grandes lutas de interesse da categoria e da sociedade paranaense, pela soberania no âmbito estadual e federal, e em defesa da engenharia.

“Vamos continuar mobilizados e vigilantes pela contratação de todos os concursados do Instituto Emater. Muitos chegaram a escolher os locais onde iriam trabalhar, mas não foram chamados. Também é urgente a realização de concurso para o Instituto Agronômico do Paraná, o IAPAR, e para o Sistema Estadual do Meio Ambiente, setor que não contrata há 30 anos. A Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, Codapar, também passa por sérias dificuldades”.

Joel Krüger, engenheiro civil presidente do Crea-PR, ressaltou a urgência do debate e da ação pela soberania brasileira, nas diversas áreas: “A palavra soberania soa muito forte nesse momento. Nós passamos por um momento de crise, em diversos aspectos, e de diversas formas essa soberania está sendo atingida. Primeiro na defesa das nossas profissões, da engenharia e dos nossos profissionais. Nós precisamos fazer uma defesa muito dura e forte para que a gente possa preservar todo o capital científico e tecnológico que nós temos, e também as nossas empresas, tanto públicas, quanto privadas”.

Em defesa da soberania e da engenharia, Krüger frisou a importância da Petrobras, “maior empresa de engenharia brasileira”, e da Copel, “maior empresa de engenharia de Paraná”, além da Embrapa, o IAPAR, e da Sanepar, das quais “não podemos abrir mão”, disse o engenheiro. Os ataques às empresas públicas ocorrem de maneira direta, com a extinção ou venda da empresa, e indireta, não contratando. “Você destrói a empresa quando não tem mais funcionários, não tem mais engenheiros, mais agrônomos. Então a empresas existe no papel, mas na prática não tem mais estrutura nenhuma e você não consegue atingir os objetivos”.

Luiz Scheuer, diretor de ética profissional da Associação dos Engenheiros Agrônomos, reafirmou a importância da cooperação entre a Associação e o Senge-PR. Atualmente a sede da regional do Sindicato é compartilhada com a Associação.

O agrônomo desejou sucesso à nova gestão: “Que cada vez mais nós sejamos parte e sejamos protagonistas desse processo de desenvolvimento. Quando nós não ocupamos nosso espaço, tem outros que estão ocupando e são esses que estão tendo voz e vez na mídia e falando o que interessa a eles”.

Aniversariante

Já no momento da confraternização entre os participantes da cerimônia de posse, a diretoria da Regional de Ponta Grossa fez uma homenagem surpresa ao aniversariante do dia, Carlos Bittencourt.

Amigos de longa data expressaram reconhecimento e carinho pela presidente do Senge, lembrado como “Bitenca”, aquele que desde o período do movimento estudantil participava e incentivava os amigos a se somarem à luta social.