11 de dezembro é dia do engenheiro e da engenheira. A data marca o decreto federal nº 23.569, que regulamenta a nossa profissão, promulgado em 1933, por Getúlio Vargas. A engenharia brasileira representa excelência tecnológica internacional como, por exemplo, nas áreas de exploração de águas profundas, técnica que possibilitou a descoberta do pré-sal.
Hoje, vivemos tempos complexos com tentativas de destruição da Petrobras, da engenharia e de nossa recente democracia. A Petrobras é um dos maiores patrimônios brasileiros e alvo de disputas geopolíticas. A empresa é construída com o planejamento, a tecnologia, o cálculo, a ciência e o empenho de engenheiros e engenheiras. Defender a Petrobras significa a defesa da engenharia brasileira. Temos muitas pautas a enfrentar em nossa categoria como valorização profissional, a luta da engenharia como carreira típica de Estado e a defesa do Salário Mínimo Profissional, que completará 50 anos em abril de 2016.
A Fisenge inicia seu ciclo de comemoração com o lançamento do selo dos 50 anos da lei 4.950-A. Para além das pautas corporativas, enfrentamos os processos históricos de organização da sociedade. Lutamos por igualdade de gênero, pelo fim do racismo, do machismo e de toda forma de opressão. Sonhamos com uma sociedade justa e igualitária com a democracia fortalecida. Caminhamos com uma juventude aguerrida transbordando em esperança. A engenharia está presente na História, nas ruas, nos sonhos, na prática, na teoria, na memória, nas lutas e em nossas casas. O 11 de dezembro é mais um dia para reafirmarmos que a engenharia faz parte de nossas vidas todos os dias. E, sim, somos engenheiros e engenheiras com orgulho no Brasil.
*Engenheiros Civil e Presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)