Os principais jornais de Santa Catarina veicularam na última quinta-feira, 05, denúncia feita pelo SEAGRO-SC sobre o desmonte do serviço público na agricultura de SC, na qual está inserida a proposta obscura de PDVI para a Epagri e Cidasc. Conforme as notas veiculadas, demonstradas abaixo, nos colunistas Moacir Pereira (DC), Paulo Alceu (ND) e Cláudio Prisco (AN), o projeto da consultoria contratada pelo Governo é uma ameaça para o setor agropecuário.
A implantação de um Plano de Demissão Incentivada é uma reivindicação já de alguns anos por parte do SEAGRO e demais sindicatos do setor, bem como da própria atual Direção das empresas. Na Epagri já existia inclusive um estudo avançado neste sentido. Ocorre que com a contratação da consultoria de origem alemã Roland Berger, o atual Governo do Estado começou a colocar no papel sua intenção neoliberal de implantar um estado mínimo.
A denúncia do SEAGRO não se baseia num fato isolado. Desde que o Governador Raimundo Colombo assumiu em 2011, as negociações dos Acordos Coletivos nas empresas da Secretaria da Agricultura tornaram-se ainda mais difíceis e enroladas. A frase “Chega de lero-lero” usada nas faixas do sindicato nunca foram tão reais como neste período do Secretário João Rodrigues. Nenhum avanço, retirada de direitos conquistados e até mesmo uma injustificável e repetitiva imposição de acabar com a garantia de emprego, transparecendo uma intenção futura de demissão em massa.
Apesar do fim das carreiras de pesquisadores, extensionistas e fiscais agropecuários já perdurar por mais de cinco anos no contexto do PCS vigente, a previsão de uma proposta de novo PCS negociada em Acordo Coletivo desde 2011 até hoje não avançou, num evidente descaso com a agricultura catarinense.
Para completar, agora o Governo anuncia pela imprensa uma nova proposta de PDVI, completamente modificada em relação ao que a própria Epagri vinha discutindo internamente, com informações isoladas e confusas, misturadas com um discurso de “revolução de excelência” no campo. Agora o novo PDVI começa a ser repassado em reuniões setorizadas, com difícil entendimento por parte dos trabalhadores e ainda com ameaça de menos de 30 dias para o funcionário aderir ou não.
Para o presidente do SEAGRO-SC, engenheiro agrônomo Vlademir Gazoni, os profissionais até apoiariam o Programa de Eficiência Operacional e Organizacional – PROEFI, instituído pelo Decreto 1341 de 22/01/2013 do Governo do Estado, mas da forma como está sendo conduzido para o setor público da agricultura, sem divulgação dos resultados e sem a participação das entidades representantes dos trabalhadores, torna-se evidente a intenção do Governo. “É um projeto que visa apenas reduzir pessoal e cortar gastos. Já anunciaram números reduzindo os quadros, mas não dizem nem onde e nem como todo o trabalho realizado hoje vai continuar”, afirma Gazoni.
Para o SEAGRO, da forma como a Epagri e Cidasc estão sendo tratadas, estamos próximos de uma ameaça para o status sanitário do rebanho catarinense e de um apagão tecnológico nos próximos anos, retirando nossa condição de 6º maior produtor de alimentos do Brasil, resultando numa contribuição de 37% do PIB catarinense através do agronegócio e da agricultura familiar.
Diante deste quadro, o SEAGRO encaminhou para a mídia a informação do link a seguir,http://www.seagro-sc.org.br/noticia/pdvi-ou-desmonte-das-empresas-da-agricultura/ dando origem a divulgação feita pelos principais jornais do estado conforme os links:
Comentário do Moacir Pereira na Rádio CBN Diário em 04/09/2013 – http://www.youtube.com/watch?v=WLVi4J7CcdM&feature=youtu.be
Coluna Moacir Pereira em 05/09/2013 – Diário Catarinense – http://www.seagro-sc.org.br/arquivos/491dc_05_09_2.jpg
Coluna Paulo Alceu em 05/09/2013 – Notícias do Dia – http://www.seagro-sc.org.br/arquivos/777nd_05_09.jpg
Coluna Cláudio Prisco em 05/09/2013 – A Notícia – http://www.seagro-sc.org.br/arquivos/672an_05_09.jpg
Coluna Moacir Pereira em 05/09/2013 – Jornal de Santa Catarina – http://www.seagro-sc.org.br/arquivos/707jsc_05_09.jpg
