Democratização e comunicação sindical. Esta relação foi um dos pontos centrais do V Encontro Nacional de Jornalistas de Sindicatos de Engenheiros e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), realizado nos dias 25 e 26/9, no Rio de Janeiro. O presidente da Fisenge, Carlos Roberto Bittencourt abriu o encontro e destacou a importância da comunicação no movimento sindical. “Este é um momento não apenas de formação, como também de integração entre os jornalistas. A comunicação é estratégica na disputa de hegemonia da sociedade e o movimento sindical tem sua contribuição nesse processo”, explicou.
A mesa de abertura “Código de Ética dos Jornalistas, Direitos Humanos e Comunicação Sindical” contou com a presença da jornalista e coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Claudia Santiago; a jornalista e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, Paula Máiran; e o professor de ética em jornalismo, Álvaro Britto. Após a exposição dos artigos do Código de Ética por Álvaro, a jornalista Paula Máiran destacou um ponto fundamental: a função social do profissional e Claudia Santiago versou sobre o papel da comunicação sindical.
Em seguida, foram realizadas oficinas de TV com o Coletivo Tatuzaroio de Comunicação e Cultura, colaboradores do canal multiestatal venezuelano Telesur; de assessoria de imprensa com a jornalista Cecília de Morais; e de rádio com a agência de notícias Pulsar. No dia seguinte, os ponto altos foram o marco civil da internet e a importância da democratização dos meios de comunicação. A jornalista da CUT nacional, Paula Brandão, exibiu o vídeo “Neutralidade da Rede” e a representante da Frente Ampla pela Liberdade de Expressão (Fale-Rio), Claudia de Abreu reforçou a importância da democratização dos meios de comunicação. O marco civil da internet é uma iniciativa construída junto com entidades de defesa da comunicação e o legislativo, surgida no final de 2009, para regular o uso da Internet no Brasil, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres de quem usa a rede, e da determinação de diretrizes para a atuação do Estado.
À tarde, os jornalistas participaram de uma oficina de comunicação comunitário com a jornalista, Gizele Martins, moradora do Conjunto de Favelas da Maré. Gizele desmistificou o Bope e o caveirão estrelados no cinema e falou sobre a violência do Estado nas favelas. A jornalista também apresentou o jornal “O Cidadão”, veiculado na Maré e produzido por comunicadores populares. Após o ciclo de debates e oficinas, os jornalistas apresentaram práticas e rotinas de cada entidade e elencaram propostas para a efetivação de uma comunicação integrada.