CSN não comparece em reunião com sindicatos

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

Por recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deveria comparecer à reunião de mediação para negociação coletiva com os sindicatos na sexta-feira (28/4). “Uma afronta ao processo de negociação, atitude autoritária e que visa criar um desgaste e desrespeito para os sindicatos e trabalhadores. Estamos unidos e vamos continuar por toda campanha salarial, a CSN goste ou não”, disse o diretor de negociação coletiva da Fisenge e presidente do Senge-VR, Fernando Jogaib.

No dia 5/4, a empresa se recusou a receber os sindicatos que entregariam a pauta unificada de negociação coletiva, em São Paulo. Na ocasião, havia representantes de cinco categorias dos metalúrgicos, engenheiros (Senge-VR e Fisenge), Metabase de Congonhas-MG, dos Vigilantes de Volta Redonda e dos Portuários do Rio que, pela primeira vez, fazem a negociação de maneira unificada. “Está cada vez mais acirrada a prática antissindical da CSN que recusa o diálogo”, afirmou Jogaib.

Além da pauta unificada que seria entregue à empresa, a conversa com a CSN abordaria outros itens aprovados em assembleias realizadas com as cinco categorias. Os engenheiros, por exemplo, aprovaram a reivindicação de implantação do piso salarial de 8,5 salários mínimos. Já para os metalúrgicos, a demanda é que o piso seja de dois salários mínimos.

A pauta, aprovada em assembleias, prevê as seguintes propostas: reajuste salarial, que deverá ser calculado pelo INPC pleno, no período anual, e mais o ganho real, com a recomposição das perdas dos últimos seis anos, somando o total de 20 a 22%. Além disso, um cartão alimentação no valor de R$ 1 mil, com direito a todos os trabalhadores ativos, assim como aos afastados por auxílio-doença, auxílio-doença acidentário, doença ocupacional e/ou profissional e as trabalhadoras que estejam em licença maternidade.

Sobre a PLR, a reivindicação é de 10% do lucro operacional (EBITDA) igual para todos os trabalhadores ativos e demitidos no exercício de 2022. As categorias irão pleitear o fim do banco de horas, com o pagamento de todas as horas extras, trabalhadas no período de apuração ao mês correspondente, acrescidos dos adicionais.

Outra reivindicação diz respeito às horas extras, com adicional de 100% por horas extras trabalhadas de segunda a sábado; adicional de 200% para domingos e feriados. E que a empresa se comprometa a não exigir do trabalhador, duas horas extras diárias. A pauta reafirma a jornada de trabalho de 36 horas/semanais. Além do piso salarial de dois salários mínimos e o fim do desvio de função.